Centro de Prevenção de Doenças da UE publica relatório sobre nova estirpe de COVID-19

A nova variante de coronavírus foi denominada como SARS-CoV-2 VUI 202012/01 (variante sob investigação, do ano 2020, mês 12, variante 01).

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Centro de Prevenção de Doenças da UE publica relatório sobre nova estirpe de COVID-19

(AA-Serviço em espanhol)

O Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) começou a examinar a nova estirpe de coronavírus de rápida disseminação que surgiu no Reino Unido, e as suas implicações para a saúde humana.

Ismail Balik, o chefe do Departamento de Doenças Infecciosas da Universidade de Ancara, indicou que o coronavírus sofreu mutações muitas vezes ao longo do ano, e acrescentou que estas mutações só podem ser totalmente esclarecidas através da investigação científica.

Balik disse que "esta variante mutante foi denominada como SARS-CoV-2 VUI 202012/01 (Variante de Investigação, Ano 2020, Mês 12, Variante 01), por agora. E acrescentou que “o relatório do ECDC destacou a importância de um exame integral a esta nova estirpe de coronavírus.

“Está a ser feito um exame sobre a nova variante do coronavírus, que sofreu uma mutação e se espalha mais rapidamente” - disse o académico, que informou também que o relatório levanta uma série de perguntas, desde logo sobre quais os países por onde o vírus se está a disseminar, ou sobre se o vírus pode ser detetado pelos testes de PCR existentes no mercado, entre outras perguntas.

O especialista também indicou que o relatório revela que a nova estirpe já foi identificada noutros países, como a Holanda, a Bélgica, a Dinamarca e a Austrália.

Embora a descoberta de uma nova estirpe suscite preocupação, o COVID-19 já sofreu outras mutações. Até agora, pelo menos sete mutações principais do COVID-19 já foram identificadas. A espécie original, descoberta em Wuhan, na China, em dezembro do ano passado, ficou conhecida como grupo L. Mais tarde, no início de 2020, os grupos "S" evoluíram, tendo sido seguidos pelos grupos "V" e "G".

O grupo "G" foi visto com mais frequência na Europa e na América do Norte. Esta espécie espalhou-se rapidamente devido à falta de medidas para conter a pandemia e sofreu mutações denominadas "GR", "GH" e "GV".

Por outro lado, o grupo "L", a estirpe original, sobreviveu inalterada na Ásia durante mais tempo, graças à ação mais rápida das autoridades de saúde locais.

Uma mudança na proteína do vírus levantou receios de que a mais recente mutação pudesse reduzir a eficácia das vacinas desenvolvidas.



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