Judeus Franceses: temos que combater o racismo juntos
O primeiro ministro israelita apelou aos judeus europeus para que saiam da Europa e venham viver para Israel, na sequência dos ataques anti-semitas em França e na Dinamarca. Mas a maioria diz que não pretende sair da Europa.
O crescimento do anti-semitismo na Europa, levou o primeiro ministro israelita a convidar os judeus europeus para se mudarem para Israel. O convite não gerou a reação pretendida, pelo menos em França.
Os líderes políticos franceses, começando pelo primeiro ministro gaulês, dizem que “a casa dos judeus franceses é a França”. O presidente Hollande reforçou a ideia, dizendo que “os judeus franceses são franceses e a França é a sua casa natural”.
Esta é também a perspetiva do co-presidente da União Judaica Francesa pela Paz, Pierre Stambul.
“Nós somos franceses. Houve problemas de racismo em França, mas não apenas contra judeus. Os árabes, muçulmanos e africanos também foram alvo de racismo, temos que o combater juntos e não sair”, afirmou Stambul.
Pierre Stambul considera ainda o apelo de Netanyahu uma “dupla desgraça”, ao afirmar que "um chefe de estado que cometeu crimes de guerra em Gaza não tem o direito de dizer aos judeus que Israel é a nossa casa”.
Já o representante do Conselho de Instituições Judaicas em França, Roger Cukierman, disse que Netanyahu “cumpriu o seu papel”, pedindo aos judeus para emigrarem para Israel “tal como os seus antecessores fizeram”.
Cukierman disse que a decisão de emigrar “é muito pessoal” e que as declarações do governo e presidência francesa “não terão qualquer influência nas nossas decisões".
