Türkiye reage às declarações do Presidente Biden relativamente às operações na Síria

A Türkiye declarou que a Operação Primavera da Paz, no norte da Síria, foi levada a cabo em conformidade com as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), para a luta contra o terrorismo, e proporcionou um ambiente de paz e estabilidade.

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Türkiye reage às declarações do Presidente Biden relativamente às operações na Síria

O Porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, o Embaixador Tanju Bilgiç, respondeu por escrito a uma pergunta relativa ao decreto presidencial emitido pelos Estados Unidos da América (EUA), com o título de "emergência nacional" a partir de 2019, no contexto da Síria.

Bilgiç afirmou que a operação "Primavera da Paz" desferiu um golpe nas atividades terroristas das organizações terroristas PKK/YPG e DAESH, afastando-as das fronteiras da Türkiye, e que a operação também contribuiu para a proteção da integridade territorial da Síria.

Bilgiç afirmou que a Operação Primavera da Paz, que foi objeto de alegações infundadas no decreto renovado pelo Presidente dos EUA, foi levada a cabo em conformidade com o direito de autodefesa decorrente do artigo 51.º da Carta das Nações Unidas e das resoluções do Conselho de Segurança da ONU sobre a luta contra o terrorismo e proporcionou um ambiente de paz e estabilidade na região.

O Porta-voz Bilgiç afirmou: "Estaria mais de acordo com as relações profundas e valiosas entre os dois aliados se os EUA, em vez de tomarem tais ações unilaterais, compreendessem e apoiassem as políticas da Türkiye que estabilizam a Síria e dão prioridade à integridade deste país. Neste contexto, esperamos que os Estados Unidos ponham termo ao seu envolvimento com a organização terrorista separatista e cumpram as disposições da declaração conjunta de 17 de outubro de 2019."

De acordo com a declaração partilhada pela Casa Branca, o Presidente dos EUA, Joe Biden, informou o Congresso de que iria prolongar a duração do decreto presidencial anunciado em 14 de outubro de 2019, para lidar com os desenvolvimentos no interior da Síria, e a ameaça " extraordinária e não habitual" à segurança nacional e à política externa dos EUA, proveniente deste país.

Biden defendeu que a atual situação na Síria continua a representar "uma ameaça anormal e extraordinária à segurança nacional e à política externa dos Estados Unidos", argumentando que "as medidas tomadas pelo governo turco, especialmente para a ação militar no nordeste da Síria, ameaçam a paz, a estabilidade e a segurança na região e enfraquecem a luta contra o DAESH".

Por este motivo, Biden referiu que decidiu prolongar por mais um ano a duração do estado de emergência, que expiraria a 14 de outubro de 2023.



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