Erdogan: "não conseguimos entender a atitude tolerante demonstrada para com os terroristas"

O Presidente Recep Tayyip Erdogan afirmou que, enquanto nação que sacrificou milhares dos seus filhos ao terrorismo, não podia compreender a atitude tolerante demonstrada para com os criminosos com sangue nas mãos.

2045711
Erdogan: "não conseguimos entender a atitude tolerante demonstrada para com os terroristas"

O Presidente Recep Tayyip Erdogan afirmou que, enquanto nação que sacrificou milhares dos seus filhos ao terrorismo, não podia compreender a atitude tolerante demonstrada para com os criminosos com sangue nas mãos.

No seu discurso na cerimónia no Conselho de Estado, o Presidente Erdogan referiu-se ao ataque bombista perpetrado pela organização terrorista separatista PKK, na capital Ancara, no fim de semana, e criticou os países ocidentais.

Erdogan afirmou que a organização terrorista era brutal e agressiva em todos os aspetos.

"Se os terroristas não tivessem sido neutralizados, teriam fugido para o estrangeiro e tornar-se-iam requerentes de asilo político. Queremos ver medidas concretas dos nossos amigos a par da condenação. É preciso saber que as declarações que nos confortam e condenam o terrorismo não serão um bálsamo para as nossas feridas", afirmou.

Erdogan afirmou que eles não conseguiam explicar porque é que não foram tomadas medidas contra os líderes do terrorismo, apesar dos dossiers cheios de provas.

"Como uma nação que sacrificou milhares de filhos ao terrorismo, não conseguimos entender a atitude tolerante demonstrada para com os criminosos com sangue nas mãos", disse.

No seu discurso, o Presidente abordou igualmente a exigência de uma Constituição civil,

"No topo do nosso ideal de alargar os espaços de liberdade dos nossos cidadãos está a libertação do nosso país da constituição golpista. Chegou o momento de remover os grilhões que os guardiães colocaram nos pés da Türkiye com o golpe de Estado de 27 de maio de 1960 e que o regime de 12 de setembro rebitou."

Erdogan afirmou que ninguém em posição de responsabilidade, especialmente a instituição política, pode dar-se ao luxo de fazer ouvidos moucos à exigência de uma Constituição civil.



Notícias relacionadas