Alemanha: UE deve continuar o diálogo com a Turquia apesar da tensão no Mediterrâneo

O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Heiko Maas, garantiu que os líderes da UE vão discutir a reação da Europa às ações da Turquia, durante a cimeira em Bruxelas na quinta e sexta-feira.

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Alemanha: UE deve continuar o diálogo com a Turquia apesar da tensão no Mediterrâneo

AA - A União Europeia deve continuar o diálogo com a Turquia apesar da tensão no Mediterrâneo Oriental - avisou o ministro alemão dos Negócios Estrangeiros, Heiko Maas.

Falando aos jornalistas em Bruxelas, após uma importante reunião dos ministros das Relações Exteriores da UE, Maas disse que ele e os seus colegas discutiram as relações com a Turquia e a recente tensão na região.

"Fundamentalmente, acreditamos que a UE deve continuar o diálogo com a Turquia" - afirmou o diplomata alemão - acrescentando que a presidência da UE atualmente a cargo da Alemanha, fez esforços consideráveis ​​nos últimos meses para reduzir a tensão.

O chefe da diplomação alemã disse que os líderes da UE vão discutir a reação da Europa às ações da Turquia, durante a cimeira em Bruxelas na quinta e sexta-feira, e acrescentou que Berlim está a tentar chegar a uma decisão que obtenha o apoio unânime de todos os estados-membros.

Até ao momento, a chanceler alemã Angela Merkel e a maioria dos líderes europeus continuam céticos em relação à aplicação de sanções. Em alternative, pedem diálogo para resolver as questões com Ancara.

A Turquia possui a maior linha costeira continental do Mediterrâneo Oriental e rejeitou as reivindicações de fronteira marítima da Grécia e da administração cipriota grega, alegando que tais reivindicações violam os direitos soberanos tanto da Turquia, como dos cipriotas turcos.

Ancara enviou vários navios-sonda nos últimos meses, para explorar recursos energéticos no leste do Mediterrâneo e fazer valer seus direitos na região, bem como os da República Turca do Norte de Chipre.

Os líderes turcos destacaram repetidamente que Ancara é a favor de resolver todos os problemas pendentes na região através do direito internacional, relações de boa vizinhança, diálogo e negociação.



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