A Turquia reage às palavras do Presidente da França sobre a Líbia
"Se a França quer contribuir para a implementação das resoluções da conferência, deve encerrar seu apoio a Haftar".
![A Turquia reage às palavras do Presidente da França sobre a Líbia](http://cdn.trt.net.tr/images/xlarge/rectangle/1f68/1405/8edc/5e32753f772bf.jpg?time=1718876252)
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Turquia, Hami Aksoy, enviou uma resposta por escrito à pergunta feita ao Ministério sobre as declarações do Presidente da França sobre a Turquia no Mediterrâneo Oriental.
“Em uma entrevista coletiva conjunta com o primeiro-ministro da Grécia, Emmanuel Macron tentou fazer uma agenda novamente através de afirmações irreais contra nosso país. A responsabilidade real pertence à França nos problemas que vêm ocorrendo desde 2011, o ano que iniciou a crise na Líbia. Não é segredo que este país está dando apoio incondicional a Jalifa Haftar, líder das forças armadas ilegítimas no norte da Líbia, a ter controle sobre os recursos naturais na Líbia. Os ataques, que Haftarcontinua a perpetrar contra o governo legítimo da Líbia através do apoio militar garantido por países, incluindo a França, são a ameaça mais séria contra a integridade e soberania territorial da Líbia. É sabido que o presidente da França recebeu muitas vezes em seu palácio terroristas que ameaçam a integridade territorial da Síria.”
“A decisão fundamental tomada na conferência de Berlim que garantirá o início do processo político na Líbia é garantir a paz permanente o mais rápido possível. Se a França deseja contribuir para a implementação das resoluções da conferência, deve encerrar seu apoio a Haftar. O que se espera da França, conhecida por seu passado sombrio na África e cujos massacres na Argélia ainda estão vivos nas lembranças, é que ela assume um papel positivo no sentido de garantir a paz e a estabilidade na Líbia, em vez de acusar a Turquia."
Durante a conferência de imprensa realizada com Mitsotakis no Palácio do Eliseu, o presidente francês anunciou que "condenou" o acordo jurisdicional sobre a água fechado pela Turquia com o Governo do Acordo Nacional na Líbia.
Ele antecipou que este memorando é "contraditório com os compromissos em Berlim". Macron disse o seguinte: “Recentemente, observamos a chegada de navios turcos com mercenários sírios a bordo do território líbio. Esse é o sinal de que a promessa não é respeitada. Isso é uma violação da soberania da Líbia e da segurança da Europa e do Sahel.”