Erdogan: "A Turquia não suportará o ônus da migração por conta própria"

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse que uma delegação viajará para a Rússia na segunda-feira, 23 de dezembro, para tratar da mais recente situação na cidade síria de Idlib.

Em suas declarações em um evento no Palácio Dolmabahçe, em Istambul, o presidente destacou que a Turquia é o primeiro país que dá mais apoio aos países especialmente menos desenvolvidos em comparação ao produto interno bruto.

O presidente disse que a Turquia não apoiará uma nova onda de migrantes da Síria.

“Devido aos recentes massacres em Idlib onde vivem 4 milhões de pessoas, novamente houve uma nova mobilidade séria nesta região. Mais de 80.000 nossos irmãos de Idlib, fugindo dos atentados, começaram a emigrar para as fronteiras de nosso país. Se a violência contra o povo de Idlib não acabar, esse número aumentará ainda mais. Nesse caso, a Turquia não suportará o ônus dessa migração sozinha. As repercussões negativas da pressão a que seremos expostos serão um problema que todos os países ocidentais sentirão, especialmente a Grécia. Estamos fazendo todo o possível para o fim dos ataques antes da Rússia e continuaremos a fazê-lo. Enviamos uma delegação a Moscou, eles manterão conversações e, de acordo com o resultado das conversações, determinaremos os passos a serem seguidos”, afirmou Erdogan

O presidente acrescentou que eles convidam os países europeus a trabalhar mais para evitar o massacre em Idlib, em vez de encurralar a Turquia por seus passos legítimos na Síria e, caso contrário, eles não impediriam a propagação do fogo para suas próprias terras.