A Presidência condena a resolução da Câmara dos Representantes sobre o alegado genocídio arménio

O porta-voz da Presidência turca, Ibrahim Kalın, disse que o projeto de lei arménio da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos é um exemplo vergonhoso do uso da história para fazer política.

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A Presidência condena a resolução da Câmara dos Representantes sobre o alegado genocídio arménio

O porta-voz da Presidência turca, Ibrahim Kalın, descreveu o projeto de lei sobre o "suposto genocídio arménio" - adotado pela Câmara dos Representantes dos EUA - como sendo um exemplo vergonhoso do uso da história para fazer política.

Kalın escreveu o seguinte sobre este assunto na sua conta de Twitter:

“O projeto de lei arménio da Câmara dos Representantes dos EUA é um exemplo vergonhoso do uso da história para fazer política. Aqueles que acusam a Turquia de genocídio, devem primeiro olhar para a sua própria história e para o passado sangrento das organizações terroristas ASALA e PKK”.

Por seu turno, o diretor de Comunicação da Presidência da Turquia, Fahrettin Altun, disse que o projeto arménio é um desenvolvimento preocupante para todos aqueles que valorizam as relações turco-americanas.

Altun sublinhou que aqueles que votaram “sim” no projeto de lei serão responsáveis ​​pela deterioração de relacionamentos estrategicamente críticos, numa região turbulenta.

“A politização da história para fins políticos é inaceitável. Apelamos aos nossos irmãos arménios para que não façam da sua história um instrumento de ajustamentos de contas políticas internas. Vivemos juntos nesta região há centenas de anos. A história ensinou-nos que a intervenção de forças externas, que já causaram muitos danos na nossa região, não contribuiu para a melhoria das nossas relações.

O projeto de lei da Câmara dos Representantes dos EUA sobre a imposição de sanções à Turquia - sob o pretexto de punir a Operação Paz Fonte - contraria diretamente o espírito da aliança estratégica ” – indicou o responsável turco.

Altun descreveu a tentativa de impor sanções ao aliado da NATO, para proteger a organização terrorista, como uma falta de visão estratégica e uma ruptura com as realidades no terreno.

"Este projeto de lei não pode impedir a determinação da Turquia de combater organizações terroristas. Apenas ameaça o futuro das nossas relações bilaterais e prejudica essas relações", afirmou.

Por seu lado, o ministro turco da Justiça, Abdülhamit Gül, no discurso que fez durante uma cerimónia em Ancara, disse que as decisões tomadas na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos são nulas para a Turquia:

“Ignoramos os ataques imorais daqueles que não conseguem derrotar-nos no terreno. Não temos vergonha da nossa história. Não há nódoas na história desta nação. Os ocupantes, que mencionam o genocídio, devem primeiro enfrentar sua própria história ” - afirmou Gül.



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