"Em circunstância alguma iremos dar passos atrás nos S-400"

O ministro turco dos Negócios Estrangeiros, Mevlut Çavusoglu, respondeu a perguntas sobre os principais temas da agenda.

1218797
"Em circunstância alguma iremos dar passos atrás nos S-400"

Mevlut Çavusoglu, o ministro turco dos Negócios Estrangeiros, participou no programa "À Mesa com o Editor" da Agência Anadolu, onde respondeu a várias perguntas. Çavusoglu disse que a Turquia cumpriu o acordo sobre o sistema de defesa aérea S-400 e que continuam os trabalhos para cumprir o prazo de entrega deste sistema à Turquia.

"Deixou de funcionar a perceção de que os Estados Unidos controlam a realidade. Não aprovamos as diretrizes impostas por um país aos outros, dizendo o que se pode ou não comprar. Recusamos esta abordagem. Responderemos se forem dados passos negativos contra nós" - afirmou Çavusoglu.

Çavusoglu sublinhou que a Turquia está determinada em comprar os S-400 e que em caso algum dará um passo atrás: "Jamais daremos um passo atrás neste assunto, sejam quais forem as consequências".

O chefe da diplomacia turca falou também sobre os desenvolvimentos na Síria, destacando que a continuação do processo de Astana é para o bem de todos.

Çavusoglu sublinhou o facto do Irão e da Rússia serem países garante: "Não aceitamos que digam que não conseguem convecer o regime. Damasco está a enviar grupos radicais para Idlib".

Relativamente ao ataque de ontem contra o ponto de observação da Turquia em Idlib, Çavusoglu disse que "foi um ataque deliberado. Passámos a mensagem necessária à Rússia e faremos o que for necessário se tal voltar a ocorrer".

Sobre a questão palestiniana, Çavusoglu disse os passos unilaterais dos EUA acerca de Jerusalém não trarão o bem-estar: "A solução é evidente, é a solução de dois estados, com a criação de um estado palestiniano independente. Mais nenhuma solução resolverá a crise no Médio Oriente. É impossível aprovarmos qualquer outra solução que venda a Palestina ou Jerusalém em troca de dinheiro. Jamais aprovaremos propostas inaceitáveis. Os Estados Unidos e Israel têm que perceber não podem resolver com dinheiro o problema da Palestina e de Jerusalém.



Notícias relacionadas