Çavuşoğlu: "Se o regime continuar a atacar, faremos o que for necessário"

O Ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Mevlüt Çavuşoğlu, reuniu-se em Ancara com o seu homólogo francês, Jean-Yves Le Drian.

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Çavuşoğlu: "Se o regime continuar a atacar, faremos o que for necessário"

O ministro das Relações Exteriores turco, Mevlüt Çavuşoğlu, disse que não aprova a cooperação próxima da França com o YPG, o braço do grupo terrorista separatista PKK na Síria.

Çavuşoğlu reuniu-se em Ancara com o seu homólogo francês, Jean-Yves Le Drian, que está na Turquia para uma visita oficial.

Çavuşoğlu, na conferência de imprensa conjunta no final das negociações bilaterais e entre as delegações, referiu a relação da França com a YPG com a qual corresponde todas as suas opiniões, com exceção de uma questão.

"Não aprovamos a estreita cooperação da França com o YPG, que não tem diferença em relação ao PKK. O fato de a França cooperar com a YPG não corresponde à França. É perigoso para o futuro, a integridade territorial e a integridade fronteiriça da Síria. Além disso, é uma questão muito delicada para nossa segurança nas fronteiras e para a segurança de nossa nação", disse ele.

O chefe da diplomacia turca, referindo-se às alegações de um cessar-fogo em Idlib, na Síria, sublinhou que os ataques do regime, que acreditam numa solução militar e não política, contra o Idlib estão em alta.

"Não se pode dizer que um cessar-fogo tenha sido alcançado neste momento em Idlib", disse ele.

Çavuşoğlu disse que os ataques feitos na quinta-feira contra o ponto de observação turco em Idlib são deliberados.

"Se o regime continuar atacando, faremos o que for necessário. Ninguém deve duvidar", disse ele.

O ministro das Relações Exteriores destacou que a Rússia e o Irã, como países garantidores, devem pressionar o regime para parar os ataques.

Çavuşoğlu em relação à carta enviada ao Ministro da Defesa Nacional, Hulusi Akar, pelo Secretário de Defesa Adjunto dos Estados Unidos, Patrick Shanahan, sobre a aquisição da Rússia do sistema de defesa aérea S-400, acrescentou:

"Nós não reconhecemos o estilo desta carta. Ninguém pode dar um ultimato à Turquia. A Turquia é um país independente e livre. A Turquia não renuncia a sua decisão com este tipo de cartas. A Turquia comprou o S-400 e o S-400 chegará à Turquia".

Por sua parte, o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian, indicando que eles se sentem preocupados com Idlib, disse:

"Nós apoiamos a Turquia sobre o Idlib. Temos que garantir que o cessar-fogo seja obedecido, já que há uma situação que pode ser muito perigosa".



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