Acadêmicos: "para combater a islamofobia é necessário educação e ação"

Abordar outras comunidades, criar uma estrutura legal, ter uma identidade mais robusta e até mesmo examinar a fragmentada comunidade muçulmana são algumas das conclusões

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Acadêmicos: "para combater a islamofobia é necessário educação e ação"

Um grupo de acadêmicos insistiu que é necessário que os muçulmanos sejam educados para combater a islamofobia, que eles descreveram como "uma ameaça muito, muito, muito perigosa" não apenas para os muçulmanos, mas também para a humanidade.

A declaração fazia parte da Conferência sobre a islamofobia realizada pelo Centro para o Islã e Assuntos Mundiais (CIGA) da Universidade de Istambul Sabahattin Zaim. Mas eles foram além, também chamaram a atenção da mesma comunidade e pediram para analisar e corrigir os erros que podem existir e que incitam o ódio contra essa religião.

A islamofobia como estratégia política

Sami Al-Arian, diretor do Centro para o Islã e Assuntos Globais, disse que a importância da conferência vai além interesse acadêmico: "Esta conferência tem como objetivo analisar todos os diferentes aspectos da islamofobia, especificamente as raízes geopolíticas e epistemológicas de ódio contra o Islã que afeta não só o mundo muçulmano em geral, mas as minorias muçulmanas nos Estados Unidos, Europa, Índia e China.

"Além disso, observou que "há governos na região que ajudam as pessoas islamofóbicas e capacitam aqueles que odeiam os muçulmanos a atacar seus próprios cidadãos e, assim, manter certos privilégios ou garantir a estabilidade de regimes autocráticos", afirmou.

Para Al-Arian, que também é professor na Universidade do Sul da Flórida,é necessário entender e enfrentar a islamofobia em todos os níveis: "É uma ameaça muito perigosa não só para muçulmanos, mas para toda a humanidade, e precisamos educar e depois agir para enfrentá-la ", enfatizou.

*José Ricardo Báez G. contribuiu com a redação desta nota.



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