Altun: “A Turquia tem alternativas”

O chefe de comunicação da Presidência da Turquia, Fehrettin Altun, disse que sobre a colaboração turco-americana na Síria que “a Turquia tem alternativas”.

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Altun: “A Turquia tem alternativas”

“A Turquia tem alternativas na Síria” – afirmou o chefe de comunicação da Presidência da Turquia, Fehrettin Altun.

Numa entrevista dada à revista turca “Kriter”, posta à venda esta sexta feira, Altun falou sobre a situação na Síria e sobre a luta contra o terrorismo, bem como do caso do assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi.

Altun disse que os Estados Unidos tomaram certas decisões que afetam a sua reação com a Turquia, pelo facto de estarem sob a influência de organizações hostis a Ancara:

“Rapidamente os Estados Unidos irão compreender que uma ação sem a Turquia será mais custosa que uma ação levada a cabo em concertação com a Turquia. Além disso, a Turquia tem alternativas” – garantiu Altun, lembrando os dois precedentes de intervenções turcas na Síria com as operações Escudo do Eufrates e Ramo de Oliveira.

O responsável turco lembrou que a Turquia trabalha para uma solução política na Síria, que garanta a integridade territorial do país, a unidade política e o consenso social. Para Altun, tudo deve ser feito para impedir que a Síria se torne na retaguarda de organizações terroristas: “Devemos secar o pântano do terrorismo na Síria e garantir a segurança das nossas fronteiras”.

Altun sublinhou também o facto de nenhum outro país, para além da Turquia, estar exposto à ameaça das organizações terroristas YPG/PKK e DAESH.

Sobre o assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi, Altun insistiu na importância do papel desempenhado pela Turquia para que se esclareçam todos os detalhes sobre este caso:

“O assassinato de Khashoggi, pela dimensão da sua crueldade, não tem precentes na história” – afirmou Altun, que garantiu também que se não fossem os esforços do presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, o caso teria sido abafado.

Na opinião de Altun, a Turquia leva atualmente a cabo uma luta para se tornar uma potência global, e que por causa das suas ambições foi alvo de numerosos ataques, em particular desde 2 013.

“Neste processo, nós ultrapassámos todos estes ataques graças à grande unidade entre o Estado e o povo” – afirmou Altun.



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