"O Pacto Global é um passo global para resolver os problemas dos refugiados"

O ministro das Relações Exteriores turco, Mevlüt Çavuşoğlu, enviou uma mensagem em vídeo para a atividade organizada pelo Alto Comissariado das Nações Unidas (UNHCR) em Nova York, sede da ONU, após a aprovação do Pacto Global sobre Refugiados.

"Infelizmente, a comunidade internacional não fez o suficiente para ajudar os refugiados e deslocados até o momento. Estas pessoas continuam a sofrer, mas o sofrimento não deve ser o seu destino e devem viver a paz com dignidade. Temos de fornecer as necessidades básicas dos refugiados e oferecer-lhes educação, saúde e emprego. Países e comunidades, que hospedam refugiados, precisam de apoio urgente",

Çavuşoğlu, que enfatizou em particular a importância da educação e chamou a atenção para a área prioritária da educação, sublinhou que todo o possível deve ser feito para que não haja geração perdida e que os refugiados prometam um futuro melhor para seus filhos.

"O Pacto Global sobre os Refugiados é uma oportunidade e a comunidade internacional não deve mais permanecer inativa. Precisamos agir o mais rápido possível", disse ele.

O Ministro de Relações Exteriores indicou que a aprovação do pacto não é suficiente e que sua implementação é de maior importância, acrescentando que é hora de todas as partes compartilharem um ônus e responsabilidade justos.

Çavuşoğlu, sublinhando a necessidade de propor projetos específicos no Fórum Mundial de Refugiados a ser realizado no próximo ano, disse que a Turquia, que abriga mais de quatro milhões de pessoas deslocadas e gasta mais de 33.000 milhões de dólares para os sírios continuam a apoiar o implementação do compacto global como ocorreu na fase de preparação.

A Assembleia Geral da ONU aprovou nesta segunda-feira, 17 de dezembro, o Pacto Global sobre Refugiados, o primeiro acordo internacional que trata globalmente a questão da migração e apóia a justa repartição de encargos com os países que abrigam os refugiados.

O pacto foi aprovado com o apoio de 181 países, enquanto os EUA e a Hungria votaram contra.