Çavusoglu diz que a investigação do caso Khashoggi deve ser feita na Turquia
O ministro turco dos Negócios Estrangeiros assinalou que tanto o estado como a nação acreditam no estado de direito, e darão todos os passos necessários para esclarecer o assassinato de Khashaggi em todos os seus detalhes.
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Mevlut Çavusoglu, o ministro turco dos Negócios Estrangeiros, que a investigação do assassianto do jornalista saudita Jamal Khashoggi deve ser feita na Turquia. As palavras do ministro foram proferidas durante uma conferência de imprensa após o encontro com o seu homólogo palestino, Riyad al-Maliki.
Çavusoglu assinalou que tanto o estado como a nação acreditam no estado de direito, e darão todos os passos necessários para esclarecer o assassinato de Khashaggi em todos os seus detalhes.
“Toda a imprensa mundial e as organizações internacionais seguem de muito perto este processo, que deve ser conduzido de forma transparante” – afirmou Çavusoglu.
O ministro disse também que estão a ser partilhadas as informações e as provas que podem ser divulgadas às partes interessadas, no contexto do estado de direito.
“Infelizmente, o processo está a ser longo e ainda há perguntas que têm que ser respondidas (referindo-se ao governo saudita). Por que é que foram detidas 18 pessoas e quem ordenou a sua detenção?”.
Çavusoglu recordou que os restos mortais de Khashoggi ainda não foram encontrados e disse que para além do crime, há uma questão humanitária e que a família de Khashoggi quer saber onde está o corpo.
Falando sobre a investigação da Turquia sobre este caso, Çavusoglu disse que “segundo a Convenção de Viena, e apesar do consulado saudita em Istambul ser território saudita, a investigação deve ser conduzida de acordo com o direito turco. Neste sentido, todos os involvidos ou detidos, todas as pessoas ligadas ao assassinato, devem ser questionadas e julgadas pelo direito turco, na Turquia”.
O chefe da diplomacia turca disse ainda que por agora o caso Khashoggi não será julgado num tribunal internacional, mas que a Turquia está obrigada a partilhar as informações que tem na sua posse caso seja aberta uma investigação internacional.
Khashoggi era colunista do diário americano Washington Post e desapareceu no dia 2 de outubro, quando se deslocou ao consulado da Arábia Saudita em Istambul para obter os documentos necessários para se casar com a sua noiva turca.
O governo saudita anunciou no dia 20 de outubro que o jornalista foi morto durante uma luta no consulado.