Presidente do Irã: "Eu não acredito que um país possa cometer esse crime sem o apoio dos EUA"

O presidente do Irã, Hasan Rouhani, referiu-se durante a sessão do Conselho de Ministros sobre o assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi.

"É um crime cometido de forma brutal sem precedentes", descreveu o ato.

"Eu não acho que um país possa cometer esse crime sem o apoio dos EUA. Parece que uma tribo que administra um país tem a proteção da superpotência".

O presidente iraniano convocou o governo turco para descobrir o assassinato em todos os seus aspectos e dimensões. "Ninguém poderia imaginar que pudéssemos testemunhar um assassinato tão organizado no tempo presente e que um sistema poderia planejar um assassinato com tanta brutalidade."

Rouhani esclareceu que o assassinato de Khashoggi é um teste na questão dos direitos humanos para os EUA, Europa e outros países.

"O que deve ser mais condenado do que os autores do assassinato é a força que lhes dá coragem para cometer esse crime", disse ele.

Jamal Khashoggi, o colunista do The Washington Post, que escreveu para o Al Watan (uma plataforma importante para os reformadores sauditas), nunca foi visto saindo depois de entrar no consulado em 2 de outubro.

A administração saudita anunciou em 20 de outubro que o jornalista morreu após uma briga no consulado.