Turquia chama de "um passo infeliz" a saída dos EUA do acordo nuclear

O Ministério das Relações Exteriores da Turquia enfatizou que a Turquia sempre defende que a diplomacia e as negociações são a única maneira de resolver o programa nuclear do Irã

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Turquia chama de "um passo infeliz" a saída dos EUA do acordo nuclear

A Turquia qualificou a decisão dos Estados Unidos de se retirarem seu acordo nuclear com o Irã de "um passo infeliz".

O Ministério das Relações Exteriores destacou que a Turquia sempre defende que a diplomacia e as negociações são a única maneira de resolver o programa nuclear no Irã, e que, no passado, fez esforços intensivos nesse sentido.

Especificou que o Plano de Ação Integral Conjunta (JCPOA, por suas siglas em inglês), acordado em 2015, é um passo importante para evitar a proliferação de armas químicas. "Este plano mostrou que mesmo as questões mais difíceis podem ser resolvidas através de negociações", expressou.

A decisão estadunidense também despertou grande eco nos círculos políticos.

O porta-voz da presidência, Ibrahim Kalín, afirmou que a decisão criará instabilidade e novos conflitos.

Kalin avaliou o assunto através da rede social e enfatizou que a Turquia continuará sua atitude determinada contra todos os tipos de armas nucleares.

"O acordo nuclear com o Irã continuará com outros países (signatários)", disse.

Por sua vez, o Ministério da Economia anunciou que o comércio com o Irã não será restrito.

Por seu turno, o Ministro dos Assuntos Europeus e Negociador Chefe Ömer Çelik indicou que a decisão dos EUA de sair do acordo nuclear com o Irã tem uma abordagem que abrirá as portas para desenvolvimentos muito ruins, acrescentando que tenta minar este acordo em andamento com é pletamente errado.

Çelik enfatizou em sua conta no Twitter que o acordo sobre as atividades nucleares do Irã é uma plataforma importante, e que a Agência Internacional de Energia Atômica (OIEA) confirmou com seus relatórios que o Irã age de maneira apropriada ao acordo.

"O fato dos EUA terem decidido deixar o acordo não servirá para uma melhor situação", transmitiu.



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