Turquia considera a oferta da França uma séria provocação
"Essa atitude da França, aliado da OTAN, é uma provocação séria, portanto, não é possível aceitá-la".
O primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, classificou a oferta de mediação da França entre a organização terrorista separatista PKK / PYD-YPG e a Turquia, como uma séria provocação.
Yildirim fez esta declaração a bordo do avião em seu retorno de uma visita à Bósnia-Herzegovina.
Yildirim descreveu a recepção de 7 terroristas no Palácio do Eliseu, na França, como inadmissível.
"Essa atitude da França, aliado da OTAN, é uma séria provocação, portanto, não é possível aceitá-la", afirmou.
Ao criticar o presidente francês, Emmanuel Macron, por oferecer-se como mediador entre o grupo terrorista e a Turquia, ele parabenizou o líder dos EUA, Donald Trump, por sua decisão de se retirar da região síria de Manbij.
"Os EUA e a França se revezam. Trump gosta de supresas, chegam declarações de fontes distintas, mas o que nos interessa é o que o presidente dos EUA disse, e o parabenizamos por sua recente declaração".
Yildirim, referindo-se às operações da Organização Nacional de Inteligência (MIT) contra os membros da Organização Terrorista Fetullahista (FETO) nos Bálcãs, disse: "É um direito legítimo todos os tipos de ações contra organizações terroristas."
Em referência ao escândalo de espionagem entre os EUA e a Rússia, Yildirim disse que "a política da Turquia é óbvia, não temos o luxo de ser incluídos em ações nostálgicas".
Quanto às alegações sobre a suposta retirada da organização terrorista separatista PKK da região iraquiana de Sinjar, ele deixou claro que é uma retirada parcial.
"O Governo Central do Iraque age de forma sensata mas não podemos dizer que acabou tudo que tinha para ser feito. Nós preferimos que o Governo Central do Iraque aja sozinho, mas se não, vamos fazer o mesmo que fizemos na Síria. Agora é uma retirada parcial, mas agora podemos fazer uma avaliação", disse ele.
Em relação à economia turca, que cresceu 7,4 por cento no ano passado, Yildirim transmitiu a mensagem de que a economia está no caminho certo, ao perguntar: “Onde há um crescimento assim no mundo?”
