"Os golpistas ainda estão na Grécia, não os extraditaram"

O presidente disse que aqueles que insistem na libertação de soldados nunca se referem à extradição para a Turquia dos líderes golpistas que fugiram para a Grécia

939321
"Os golpistas ainda estão na Grécia, não os extraditaram"

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, foi entrevistado por jornalistas durante seu retorno da cidade búlgara de Varna, onde participou da Cúpula Turquia-União Europeia (UE).

"A situação dos dois soldados gregos detidos na Turquia foi um dos tópicos da cúpula. Dissemos que o assunto está nas mãos da justiça. Disseram-me que sou um grande presidente e que permita a libertação dos militares. Eu não sou maior que a justiça. Temos que esperar pelo veredito do Judiciário, disse-lhes ", assinalou Erdogan.

O presidente disse que aqueles que insistem na libertação de soldados nunca se referem à extradição para a Turquia dos líderes golpistas que fugiram para a Grécia após o fracassado golpe de 2016 do grupo terrorista FETÖ.

"Claro que não fazemos uma correlação entre os dois casos, mas os golpistas continuam na Grécia. Eles não os extraditaram apesar do pedido ", afirmou.

Erdogan salientou que a posição construtiva da UE, em vez de criticar injustamente a Turquia e duplicar os padrões, poderia melhorar nossas relações. "Nós concordamos em manter os canais de diálogo abertos".

Referindo-se a Sinjar (Iraque), o presidente acrescentou que "se os terroristas estão sendo expulsos de Sinjar, está bem, - em referência à declaração do governo iraquiano - se eles não o fizeram, faremos uma operação nesta região a 60 km de distância da Turquia ".

Em relação ao roteiro a seguir em Tel Rifat (Síria), o presidente disse que não é um assunto para anunciar com antecedência. "Se formos ir, o faremos de repente."

Sobre a tensão da sonda no Mediterrâneo Oriental, Erdogan disse que dar um passo para trás por parte da Turquia em sua posição sobre os recursos de hidrocarbonetos está fora de questão.

"Os turcos do Chipre têm direito ao petróleo e ao gás natural ao abrigo do direito internacional. Ambos os setores da ilha devem ser parceiros em proporções iguais. Mas o problema dos cipriotas gregos é outro. Insistem em fazer a sondagem com a empresa que querem. O direito internacional exige uma decisão como um todo. Não se pode dizer que a UE age de forma neutra nesta matéria".



Notícias relacionadas