Turquia envia nota à Alemanha sobre os ataques contra lugares de culto turcos

Bekir Bozdag, o vice-primeiro ministro da Turquia e porta-voz do governo, informou que a Turquia enviou uma nota à Alemanha por causa dos ataques contra lugares de culto turcos no país.

O ministro turco disse que existe grande preocupação com os ataques contra os lugares de culto turcos, levados a cabo por simpatizantes do grupo terrorista separatista PKK na Alemanha.

Bozdag indicou que o governo de Berlim é responsável pela segurança dos turcos na Alemanha e acrescentou que “não encontrei ninguém que tenha sido castigado com as ações judiciais em curso. O silêncio do estado alemão é notório. Enviámos hoje uma nota ao embaixador da Alemanha em Ancara”.

“Vemo com preocupação que há um aumento dos ataques contra as mesquitas turcas na Alemanha” – afirmou Bozdag.

O anúncio de Bozdag foi feito perante as câmaras de televisão, durante a conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros. O porta-voz do governo turco disse também que o centro da cidade de Afrin será purgado de terroristas, como parte da operação Ramo de Oliveira em que até agora já foram abatidos 3 381 terroristas.

Bozdag falou também sobre as baixas da Turquia nesta operação, dizendo que 42 soldados caíram mártires e que outros 202 ficaram feridos desde o início da operação.

“Dentro de pouco tempo o centro de Afrin será limpo de terroristas” – afirmou Bozdag – que acrescentou ainda que as Forças Armadas da Turquia não têm como alvo nenhum civil.

No que diz respeito à relação da Turquia com os Estados Unidos, Bozdag esclareceu que Ancara e Washington chegaram a um ponto concreto nas negociações para a retiradas dos terroristas da região síria de Manbij e garantiu que “se não chegarmos à acordo, a Turquia está determinada em eliminar os terroristas”.

Sobre uma possível operação contra a estrutura terrorista no Norte do Iraque, Bozdag assinalou que as negociações com o governo iraquiano decorreram de forma positiva.

Respondendo a uma pergunta sobre a data de início da operação, Bozdag disse que “quando virem os nossos aviões de caça e soldados, vão perceber”.