"Se tivermos democracia, digamos que o mundo é maior do que os cinco"

O presidente turco, Recep Tayyip Erdoğan, disse que não é possível aceitar um mundo em que o forte seja justo.

Erdoğan participou da sessão de encerramento do TRT World Forum em Istambul dirigido ao mundo, e enfatizou a justiça.

"Se tivermos democracia, se buscarmos justiça, uniremos forças e diremos que o mundo é maior do que os cinco países da ONU".

O mandatário criticou o apoio armado dos EUA à PYD/YPG, uma ramificação na Síria do grupo terrorista separatista PKK, e perguntou: "É lógico derrubar um grupo terrorista com outro grupo terrorista?"

Erdoğan, reagindo à atitude da Europa às organizações terroristas, repudiou que os países da União Europeia não processam os arquivos enviados pela Turquia sobre os terroristas, embora o PKK seja reconhecido como grupo terrorista nos registros da União Europeia.

O mandatário também se referiu à estrutura estrangeira da Organização Terrorista Fetulahista (FETÖ).

"O chefe do FETÖ está na Pensilvânia. A partir daí, este homem administra 170 países. É claro que este homem é simbólico, os administradores são diferentes ", disse.

Erdoğan, referindo-se à crise de vistos entre a Turquia e os EUA, disse:

"Quem é este embaixador (embaixador estadunidense em Ankara)? Se este homem pode dizer "suspendemos os vistos" apenas em um parágrafo em uma reação de associação estratégica, então colocarei essa parceria estratégica na mesa".

O mandatário também afirmou que esperavam que todos os problemas nos países do Golfo fossem completamente eliminados e que a base militar turca no Qatar também se propusesse à Arábia Saudita.

"Eu também propus à Arábia Saudita o assunto de fundar uma base. Se tivéssemos uma resposta positiva, teríamos podido fundar uma base na Arábia Saudita. O Golfo, que permite fundar bases em diferentes países, por que não permitiria a Turquia? ", perguntou Erdoğan.

O presidente concluiu seu discurso dizendo que a Turquia gastou 30 bilhões de dólares com os "hóspedes" que se refugiam na Turquia fugindo da guerra civil na Síria desde 2011.