O presidente Erdoğan comparece ao programa News Hour na rede PBS

"Os EUA conhecem o grupo separatista PKK como um grupo terrorista, mas não qualificam o grupo terrorista PYD/YPG como tal que é a sua ramificação"

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O presidente Erdoğan comparece ao programa News Hour na rede PBS

O presidente Recep Tayyip Erdoğan foi entrevistado por Judy Woodruff, a programadora da News Hour na PBS durante a sua permanência em Nova York, onde mantém conversações nas reuniões da Assembleia Geral da ONU edição 72 ª.

Erdoğan avaliou o apoio dos EUA a ramificação do grupo terrorista PKK na Síria, PYD/YPG: "Encontra-se o grupo terrorista PYD na Síria, da mesma forma que a sua ramificação YPG está lá. São todas as ramificações do grupo terrorista PKK e lutamos contra eles. Erdoğan apontou que os EUA consideram o PKK como um grupo terrorista, mas não qualificam como tal a sua ramificação PYD/YPG.

Sobre as armas oferecidas pelos EUA para o YPG Erdoğan declarou: "Somos informados de que tomaram os números de série dessas armas e vão recolhê-las quando a luta contra DAESH acabar. Mas isso não funciona assim, já vimos a mesma história no passado.

Quando perguntado, o presidente Erdoğan disse: "Não misture os casos aqui. A questão não é a questão curda, mas sim uma questão de grupo terrorista. Quero enfatizar isso porque não nos opomos aos curdos, mas nos opomos aos grupos terroristas. Os curdos são nossos companheiros".

Em relação ao referendo de independência a ser realizado em 25 de setembro pela Administração Regional Curda do Iraque, o Presidente Erdoğan disse: "Desde o início defendemos a integridade territorial do Iraque, enquanto ninguém mais fazia. Não é necessário fazer este referendo".

Erdoğan disse que reuniram-se muitas vezes com os países da OTAN, especialmente os EUA, sobre o S-400 que seria comprado da Rússia: "Estes são os instrumentos importantes em nossa defesa. Atualmente, outro membro da OTAN possui os mísseis S-300. O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, expressou que cada país membro tomará sua própria decisão sobre esta situação e a Turquia tomou as medidas necessárias para sua própria defesa.

Refererente ao processo após a tentativa de golpe perpetrada pela Organização Terrorista Fethulahista em 15 de julho de 2016, Erdoğan declarou o seguinte: "Principalmente quero saber por que você não diz terrorista a um terrorista? Que diga terrorista ao terrorista. Na segunda etapa, muitos indivíduos em todos os processos para derrubar o governo em nosso país, são julgados de acordo com a lei porque eles se infiltraram na segurança e no exército. Eles estavam na polícia e nos ministérios. Havia uma série de nomes com uma hierarquia superior. Todas essas pessoas estão nas mãos do judiciário e o julgamento irá decidir.

O presidente quando perguntado por Woodruff, sobre o ponto da Turquia sobre a União Europeia, disse: "Somos sinceros com a União Europeia e esperamos a mesma sinceridade da UE. A União deve decidir se receberá ou não a Turquia. Podemos suportar sob essas condições até um ponto limitado. A partir deste ponto, a Turquia pode decidir".



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