A Turquia rejeita o relatório do PE e vai devolvê-lo

MNE: “Esta decisão é baseada em alegações e difamações sem fundamento e colocam em risco o prestígio da UE. Esta decisão é nula para nós”.

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A Turquia rejeita o relatório do PE e vai devolvê-lo

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, fez declarações aos jornalistas a bordo do avião com destino a Hamburgo, onde irá participar na Cimeira do G20. Erdogan indicou que não atribui qualquer importância à decisão do Parlamento Europeu (PE), no sentido de suspender as negociações de adesão da Turquia à União Europeia: “Esta questão não faz parte da minha ordem do dia. Se o fizesse, seria dar-lhe importância” – afirmou o presidente turco.

O governo turco considerou nula e invalida esta decisão do PE: “Esta decisão é baseada em alegações e difamações sem fundamento e colocam em risco o prestígio da UE. Esta decisão é nula para nós” – indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

A mesma mensagem foi passada pelo primeiro ministro turco, Binali Yildirim, que também classificou de nula e inválida esta decisão, tendo ainda sublinhado que não se trata de uma decisão importante: “na origem das relações entre a UE e a Turquia deve estar a sinceridade. A UE deve definir uma visão para o futuro e decidir se segue o seu caminho com a Turquia. O mais importante para nós é a vontade superior da UE, a qual essa sim é vinculativa para nós. Em função disso, demonstraremos a nossa vontade” – afirmou Yildirim que acrescentou ainda que “a UE deve responder-nos acerca do alargamento das atividades da organização terrorista separatista PKK nas suas fronteiras, e porque é que fica calada perante as atividades da Organização Terrorista Gulenista FETO”.

O primeiro ministro turco disse ainda que a UE se deve autocriticar em vez de lançar críticas contra a Turquia em vários assuntos: “Todos devem saber que a Turquia tem sempre alternativas e outros caminhos. Se a adesão da Turquia à UE nos interessa, interessa em dobro à UE. Não nos podemos esquecer que a segurança da UE começa na Turquia. Esperamos que todos atuem com responsabilidade e que façam tudo o que é preciso tendo em conta estas realidades”.



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