Çavusoglu falou à TRT sobre vários temas, da FETO até à operação de Al Raqqa

“A Turquia deve executar a operação de Al Raqqa com os grupos corretos”.

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Çavusoglu falou à TRT sobre vários temas, da FETO até à operação de Al Raqqa

Mevlut Çavusoglu – o ministro turco dos Negócios Estrangeiros – manifestou a sua reação contra ter sido colocada a bandeira da Administração Regional Curda do Iraque (IKYB na sua sigla em turco), ao lado da bandeira iraquiana nos edifícios públicos e organizações oficiais, uma decisão unilateral do Parlamento Provincial de Kirkuk no Iraque.

Çavusoglu foi convidado pelo canal TRT Haber (TRT Not+icias) e afirmou que o governo turco não apoia esta decisão, tomada numa altura em que a Turquia luta contra o grupo terrorista DAESH no Iraque. Ancara não considera esta decisão correta.

“Todos devem atuar com responsabilidade, a Turquia apoia a integridade territorial do Iraque” – afirmou Çavusoglu.

“Nós não consideramos correta esta decisão, tomada pela administração regional. Não seria correto mudar a estrutura étnica da região”.

O ministro turco dos Negócios Estrangeiros falou também sobre a visita a Ancara do secretário de estado norte americano, Rex Tillerson.

Çavusoglu indicou que nas conversações que irá ter com o seu homólogo americano, serão abordadas a questão da extradição de Fehtullah Gulen – o cabecilha da Organização Terrorista Gulenista (FETO), que vive nos Estados Unidos – e ainda as questões da Síria, do Iraque e todos os outros assuntos relevantes para as relações entre a Turquia e os EUA.

Relativamente à extradição de Gulen, está-se a trabalhar com o Departamento de Justiça, tendo sido enviado um dossiê sobre o tema e provas adicionais aos EUA. Segundo Çavusoglu, a FETO também poderá ter-se infiltrado nas instituições americanas.

Sobre a operação de Al-Raqqa, Çavusoglu assinalou que a nova administração americana está focada na sua agenda interna e acrescentou que “a sua política para A-Raqqa será clarificada dentro de pouco tempo, mas esperamos uma postura diferente da de Obama”.

“A Turquia deve participar na operação de A-Raqqa com os grupos corretos e do lado dos cidadãos da cidade”.

Ancara explicou aos Estados Unidos será um erro fazer esta operação com o YPG – a ramificação do PKK na Síria. “A Turquia apoia a integridade territorial na Síria e esta integridade não pode ser garantida com o YPG” – concluiu Mevlut Çavusoglu.



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