Çelik: “o crescente racismo na Holanda é uma ameaça para a UE”

Respondendo aos apelos à serenidade de alguns países para que seja resolvida a crise com a Holanda, Çelik disse que “este é um assunto ao qual não podemos ficar indiferente”.

O ministro turco apelou a todos os países que se oponham aos métodos holandeses, que ameaçam abertamente o convénio dos direitos humanos: “O primeiro ministro holandês entregou o seu país à extrema-direita”.

Çelik disse também que “a Europa rendeu-se à extrema-direita porque não soube superar a crise. A I Guerra Mundial também surgiu porque não se soube gerir corretamente a crise. Não podemos esquecer que há uma grande crise. Wilders fala no fecho de mesquitas e em expulsões. Esta abordagem tem como alvo os grupos étnicos na Europa. O fascismo atual tem origem na ideia de superioridade cultural. Os valores dos direitos humanos e da democracia não se reduzem pelo facto da extrema-direita os rejeitar”.

No passado sábado, o governo holandês não permitiu a aterragem do avião do ministro turco dos Negócios Estrangeiros, Mevlut Çavusoglu, nem a entrada da ministra turca da Família e Políticas Sociais, Fatma Betul Sayan Kaya, no Consulado Geral da Turquia em Roterdão.