"Apresentamos documentos aos Estados Unidos contendo quase meio milhão de provas"

O vice-primeiro-ministro, Mehmet Şimşek, falou sobre a tentativa de golpe da FETO e a luta contra o PKK, além de outros assuntos, na 35a Conferência Anual das Relações EUA-Turquia

601584
"Apresentamos documentos aos Estados Unidos contendo quase meio milhão de provas"

O vice-primeiro-ministro turco, Mehmet Simsek, disse que não há dúvida de que o líder da Organização Terrorista Fethullahista / Estrutura de Estado Paralelo (FETO/ PDY) está por trás da tentativa falhada de golpe de Estado de 15 de Julho, e que os documentos apresentados aos Estados Unidos contêm cerca de meio milhão de provas.

Şimşek participou da 35ª Conferência Anual das relações EUA-Turquia, realizada através do Conselho de Negócios Turquia – EUA (TAIK) e o Conselho Turco-Americano (ATC), em Washington.

Şimşek, que respondeu às perguntas dos participantes do painel organizado no âmbito da conferência, disse que os fortes fundamentos macroeconômicos, a disciplina financeira e o crescimento forte desempenharam um papel importante na rápida recuperação do mercado na Turquia após a tentativa de golpe.

Ele observou que a relação entre o déficit orçamental e o Produto Interno Bruto (PIB) na Turquia é de cerca de um quarto dos países da OCDE e cerca de um terço dos países da zona euro. Além disso, ele disse que o setor bancário saudável e bem capitalizado aumenta a resistência da economia.

O vice-Primeiro-Ministro também transmitiu os pontos de vista da Turquia na luta contra o grupo terrorista PKK.

"A Turquia não tem nenhum problema com os curdos. No final, a Turquia é mais forte com a presença dos cidadãos curdos. Não há dúvida sobre este assunto. Mas temos problemas com a organização terrorista PKK. O PKK faz parte da lista de organizações terroristas da União Europeia (UE) e das Nações Unidas. Os EUA estão cientes da situação e se tornaram nosso aliado próximo nesta questão", disse ele.

Ele enfatizou que o PKK é um grande problema também contra o bem-estar e a estabilidade da região.

"Nós não podemos resolver os problemas do Oriente Médio identificando novas fronteiras, novos estados ou novas fronteiras étnicas e religiosas. Porque isto sempre causa mais conflitos. A única solução possível para o Oriente Médio é mais tolerância, mais democracia, mais bem-estar e mais estabilidade, o que agora não temos", avaliou.

Ele afirmou que considera perigosa a cooperação entre os EUA e o PYD / YPG, ramo do PKK na Síria.

"O PKK é um grande problema para nós. O mesmo é válido para a sua ramificação. É muito lamentável que não estamos de acordo com os EUA sobre esta questão. Penso que os nossos amigos americanos mudarão de opinião sobre este assunto", disse ele.



Notícias relacionadas