Turquia pede à ONU que investigue as intenções do YPG na Síria

A Turquia apelou às Nações Unidas que investiguem as intenções do YPG – a ramificação do PKK na Síria – que está a mudar a estrutura demográfica e a dividir o país, bem como a cometer graves violações dos direitos humanos.

O representante permanente turco no gabinete da ONY em Genebra, Mehmet Ferden Çarikçi, fez um discurso logo a seguir de Paulo Sérgio Pinheiro - o presidente da Comissão Internacional Independente de Investigação sobre a Síria – que apresentou o seu último relatório sobre os direitos humanos na Síria, perante o Conselho de Direitos Humanos da ONU.

“O relatório da Comissão da ONU contém evidências que comprovam os crimes cometidos pelo regime sírio. O regime toma todos os civis do país como alvo, sob diversas formas. O Mecanismo de Investigação Conjunta da ONU confirmou que o regime é responsável pelas duas últimas armas químicas, o que constitui um crime contra a humanidade. O regime tem a mesma mentalidade do DAESH, que também usa armas químicas. O DAESH cria uma séria ameaça na sua região e para além dela” – afirmou Çarikci – que disse também que o YPG – a ramificação síria do grupo PKK – viola os direitos humanos.

“A Comissão da ONU tem que investigar de forma pormenorizada e em separado as graves violações contra os direitos humanos na Síria. As intenções do YPG de sequestrar os políticos curdos e de mudar a estrutura demográfica, poderão causar a divisão da Síria” – sentenciou.

Çarikçi transmitiu também a satisfação da Turquia pelo acordo alcançado para o fim dos conflitos na Síria, precisando que o regime síria ainda impede o transporte de ajuda humanitária no país, apesar da resolução aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU.