Primeiro-ministro da Turquia condena últimos ataques do PKK
Falando durante um jantar para os chefes estrangeiros de missões, Yildirim condenou o grupo terrorista PKK e os seus múltiplos ataques recentes.
O primeiro-ministro turco Binali Yildirim na quinta-feira condenou a onda de recentes ataques mortais da organização terrorista PKK.
Falando em sua residência, o Palácio Cankaya, em um banquete para chefes estrangeiros de missões que servem em Ancara, ele denunciou os ataques "brutais" dos grupos terroristas contra a democracia da Turquia, o Estado de direito, e seu povo.
"Condeno toda a organização terrorista do mundo, incluindo o PKK, que tentam perturbar a paz dos países, trabalhando para desestabilizar e semear o medo, matando inocentes", disse ele.
Yildirim expressou condolências às famílias das vítimas e desejou a todos os feridos uma rápida recuperação.
"A organização terrorista PKK continua a tirar a vida de civis, policiais, soldados, mulheres e crianças, brutalmente."
No entanto, sublinhou que "nunca vai obter qualquer resultado."
Três ataques mortais do PKK no leste e sudeste da Turquia na quarta-feira e quinta-feira já mataram pelo menos nove pessoas e deixaram centenas de feridos.
O PKK - listado como uma organização terrorista também pelos EUA e a UE - retomou sua campanha armada de 30 anos contra o Estado turco em julho de 2015.
Desde então, mais de 600 agentes de segurança, incluindo soldados, policiais e guardas de aldeia, foram martirizados e mais de 7.000 terroristas do PKK mortos ou neutralizados em operações em toda a Turquia e norte do Iraque.
-Yildirim Acusa o Ocidente
Yildirim criticou o fracasso dos países ocidentais em denunciar fortemente a tentativa de golpe.
"Esperávamos que as democracias avançadas demostrariam sua solidariedade naquele dia", disse ele.
O premier acrescentou que o mundo, precisava ao menos condenar a tentativa de golpe de forma rápida e fortemente.
- Solidariedade e apoio
Dirigindo-se aos presentes no jantar, Yildirim também agradeceu a todos os chefes de missão diplomática pelo apoio na sequência da tentativa de golpe fracassada em 15 de julho.
Ele mencionou como todos os chefes de missão diplomática visitaram o parlamento da Turquia após a noite da tentativa de golpe para mostrar seu apoio pela democracia.
"Vocês mostraram a sua solidariedade e expressaram a reação de seus países contra o golpe. Agradeço a todos vocês por isso", disse ele.
Ele disse que deseja manter contato com os embaixadores e chefes de missão para compartilhar seus pensamentos sobre os últimos desenvolvimentos na Turquia.
Yildirim sublinhou que a Turquia é um Estado de direito e que todos devem obedecer à lei.
Ancara acusa Fetullah Gulen de planejar a tentativa de golpe e enviou aos EUA dois pedidos oficiais para a sua extradição.
O governo da Turquia disse que a tentativa de golpe de Estado, que deixou 240 pessoas martirizado e quase 2.200 feridos, foi organizada por seguidores de Gulen, que vive em exílio auto-imposto no estado da Pensilvânia nos Estados Unidos desde 1999, e sua organização terrorista Fetullah (FETÖ).
Gulen é acusado de liderar uma longa campanha para derrubar o Estado, através da infiltração em instituições turcas formando o que é comumente conhecido como o estado paralelo.