Turquia vira-se para outros fornecedores de gás
Na sequência da crise com a Rússia, o Presidente Erdoğan e o Primeiro-Ministro Davutoğlu têm como objetivo a diversificação do abastecimento de gás
A Turquia começou a tomar medidas para combater uma possível crise do gás com a Rússia.
A Turquia irá alimentar as suas reservas com gás proveniente do Azerbaijão e do Irão para aumentar a quantidade de gás disponível, com a compra de gás natural liquefeito (GNL).
A este nível, o Catar que detém um terço da quota do mercado mundial de GNL, é um fornecedor importante para a Turquia.
Durante a visita ao Catar do presidente Recep Tayyip Erdoğan com o ministro de Energia e Recursos Naturais Berat Albayrak, foi assinado um acordo de longo prazo para o fornecimento de GNL entre a Turquia e o Catar.
O Catar estuda igualmente a possibilidade de estabelecer um terminal de GNL na Turquia no âmbito do memorando assinado entre a companhia de petróleo turca BOTAS e o grupo petrolíferos do Catar "Qatar Petroleum" que garantirá o fornecimento de gás a longo prazo regularmente à Turquia por parte do Catar.
As partes começaram os trabalhos para preparar a infraestrutura prevista no acordo.
O primeiro-ministro, Ahmet Davutoglu, também tem o gás natural na sua agenda durante a sua visita ao Azerbaijão, a sua segunda saída ao estrangeiro desde a constituição do 64º Governo.
Espera-se que Davutoğlu peça ao Azerbaijão para aumentar a quantidade de gás fornecido à Turquia.
Também se espera um acordo semelhante sobre a compra de gás pela Turquia durante a visita do presidente Recep Tayyip Erdoğan ao Turquemenistão a ser realizada nos dias 11 e 12 de Dezembro.
O vice-primeiro-ministro e porta-voz do governo Numan Kurtulmuş anunciou num canal de televisão privado que uma série de acordos de compra de gás e petróleo poderiam ser concluídos com o Azerbaijão e o Turquemenistão, esperando não haver qualquer crise do gás.
80% dos 50 mil milhões de metros cúbicos das importações anuais da Turquia provêm dos gasodutos da Rússia, Irão e Azerbaijão.
Quase 55% do gás é encaminhado pela Rússia por via dos gasodutos do oeste e do Blue Stream para a Turquia sendo que 20% da sua importação de gás é na forma de GNL.