Turquia leva à agenda da ONU os ataques contra os turcomenos

A Turquia expressou a sua inquietação pelos ataques contra as aldeias turcomenas no noroeste da Síria, levados a cabo com meios terrestres e aéreos.

A carta salienta que os ataques aéreos das forças do regime e da Rússia, bem como as operações terrestres levadas a cabo por militantes do Hezbollah, estão a fazer muitas vítimas civis.

“Estes ataques macabros contra os civis não podem ser considerados legais, sob o pretexto da guerra contra o terrorismo. Nesta região não existem grupos vinculados ao Daesh, à Frente Al-Nusra ou à Al-Qaeda” – pode ler-se na carta.

A carta turca, adverte também para o facto das graves violações dos direitos humanos contra os civis estarem a agravar a crise na Síria, e foi pedido ao secretário geral da ONU - Ban Ki-Moon - e ao Conselho de Segurança da ONU que tomasse todas as medidas necessárias para impedir as perdas civis.

A ONU já acusou a receção da carta, estando o pedido turco a ser avaliado pelos membros do Conselho de Segurança.

Enquanto a Rússia levava a cabo as suas operações aéreas na Síria na semana passada, a Turquia afirmou que “o alvo não está a ser o Daesh, mas sim os turcomenos no Monte Turcomeno”. O embaixador russo em Ancara foi convocado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros da Turquia.

Feridun Sinirlioglu, o ministro turco dos negócios estrangeiros, falou por telefone sobre este assunto com o secretário de estado americano John Kerry.