Líderes turcos apelam à união e à benevolência

O povo turco manifestou em várias províncias, contra os atos terroristas, especialmente após os ataques em Hakkari e Igdir.

O apelo dos dirigentes turcos para a união e benevolência ajudou a reduzir a tensão que tinha aumentado, em várias províncias turcas, após os atentados cometidos pela organização terrorista PKK em Hakkari (sudeste) e Igdir (leste).

No ataque de domingo em Daglica, uma região da província de Hakkari, 16 soldados perderam a vida e 6 outras pessoas ficaram feridas. No atentado de Igdir, 13 policiais morreram, na terça-feira.

O povo turco reagiu, em várias províncias, contra estes ataques, e em alguns casos, os edifícios do Partido Democrático do Povo (HDP) foram danificados, e os manifestantes retiraram os cartazes do partido para içar a bandeira turca.

Assim, os líderes turcos, especialmente o presidente, Recep Tayyip Erdoğan, e o primeiro-ministro Ahmet Davutoğlu, publicaram mensagens que apelam às pessoas a agirem de forma responsável.

Erdoğan, que disse que "esta entidade será eliminado, graças aos esforços das forças de segurança e da organização jurídica turco", pediu aos cidadãos para manter a calma e benevolência.

O presidente insistiu que a luta visa exclusivamente o terrorismo e os terroristas.

"Acredito que vamos assumir a nossa responsabilidade em ajudar os nossos agentes de segurança, contribuindo para o funcionamento do sistema jurídico, não fazendo provocações", disse o chefe de Estado.

Por sua parte, o primeiro-ministro falou através da sua conta no Twitter, observando que "a luta comum contra o terrorismo fortalece os laços fraternos."

"O objetivo do terrorismo é prejudicar a nossa fraternidade, já tinha dito. É inaceitável que os meios de comunicação, partidos políticos e as propriedades dos nossos civis sejam danificados. Os nossos agentes de segurança e o sistema jurídico sancionarão os atos terroristas. Ninguém deve pensar ser o guardião da lei. Continuaremos as operações, dentro de um quadro legal".

O presidente do Partido de Ação Nacionalista (MHP), Devlet Bahceli, avisou sobre o risco de caos interno, e apelou a ser vigilante às provocações que têm como objetivo as divergência entre turcos e curdos.

Além disso, Gursel Tekin, Secretário-Geral do Partido Republicano do Povo (CHP), e o vice-presidente do partido, Tekin Bingol emitiram um regulamento destinado a gabinetes provinciais e distritais do partido.

"A dimensão dos atos terroristas, das nossas perdas e do contexto em que nos encontramos, agrava-se a cada dia”, disseram eles. “Os nossos gabinetes têm a dizer 'A Turquia primeiro', e não permitir que gerem provocações. Devemos agir com benevolência. Não vamos permitir que qualquer ato social que revele um discurso de ódio ".