Refugiados Sírios entram na Turquia

Cerca de 3000 sírios que fugiam dos combates, na cidade síria de Tel Abyad, estão agora a entrar pela fronteira de Akacakale, informaram fontes oficiais.

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Refugiados Sírios entram na Turquia

Nas duas últimas semanas, a ala militar do partido sírio de união democrática (PYD), conhecido com YPG, tem feito operações, apoiadas pelos ataques aéreos da coligação liderada pelos americanos, nas cidades sírias de Tel Abyad e al-Hasakah para afastar o estado islâmico (EI).

Desde que as operações começaram, cerca de 15 mil civis de vilas e cidades adjacentes cruzaram a fronteira para a Turquia, na província de Şanlıurfa, informaram fontes oficiais.

Mais tarde, os militantes do EI começaram a impedir que os civis cruzassem a fronteira para a Turquia e forçaram-os a dirigir-se, novamente, para Tel Abyad.

De acordo com um comunicado da agência de gestão de desastres e emergências da Turquia (AFAD), domingo, os guardas fronteiriços turcos começaram, novamente, a permitir a entrada de refugiados sírios para a Turquia, apesar dos esforços do EI para os impedir.

Outro comunicado, do gabinete de diplomacia pública do primeiro-ministro, explicou a razão dos refugiados sírios terem que esperar do lado sírio antes de serem admitidos, novamente, no domingo.

O comunicado explica que os militantes do EI usaram a força e fecharam a fronteira do lado sírio, ordenando os refugiados a voltar à cidade de Tel Abyad.

A Turquia tem 900 Km de fronteira com a Síria, que tem cerca de 13 pontos de fronteira. Alguns destes pontos estão sob controlo dos terroristas do EI, do lado Sírio, incluindo a cidade de Tel Abyad, na provincia de Raqqa.

Anteriormente, governantes turcos tinham dito que a maior parte dos refugiados que fugiam de Tel Abyad eram árabes e turcomanos, em vez de curdos, e disseram que o YPG estava a tentar mudar a demografia na região.

O governador de Şanlıurfa disse numa entrevista na televisão que 98% da população da região é constituída por árabes e turcomanos, mas que o PYD está a mudar a demografia da região, com o objetivo de estabelecer um estado curdo aos forçar os sírios a fugir para a Turquia.

Ao abordar o assunto, o presidente Erdoğan, culpou os ataques da coligação por contribuir para que os grupos curdos consigam capturar territórios árabes e turcomanos.


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