Colunistas turcos indiciados por caricaturas do profeta Maomé

A procuradoria de Istambul, exige penas de prisão que vão de um ano e meio a quatro anos e meio, para Ceyda Karan e Hikmet Cetinkaya, por terem publicado um cartoon com a figura do profeta Maomé.

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Colunistas turcos indiciados por caricaturas do profeta Maomé

A procuradoria de Istambul considera que os dois colunistas do jornal diário Cumhurriyet, “insultaram os valores religiosos” e “instigaram a inimizade e o ódio entre as pessoas”.

O estado turco, pede por isso penas de prisão entre um ano e meio e quatro anos e meio para os colunistas Ceyda Karan e Hikmet Cetinkaya, pelo facto de terem publicado a caricatura do profeta Maomé, originalmente exibida na revista satírica francesa Charlie Hebdo.

Na acusação de 38 páginas, Karan e Cetinkaya aparecem como suspeitos num caso que foi despoletado depois das queixas por parte de 1.280 pessoas, ao Tribunal Penal de Primeira Instância de Instambul.

A caricatura em causa neste caso, foi a mesma que fez a primeira página do Charlie Hebdo após o ataque de radicais islâmicos a 7 de Janeiro. Na sequência desse incidente, o jornal Cumhurriyet decidiu publicar a caricatura, tal como muitos outros jornais de todo o mundo - como parte da cobertura jornalística do caso.

Na acusação aos dois jornalistas, pode ler-se que “não é possível imaginar as consequências da publicação destas caricaturas na Turquia, onde a maior parte da população é muçulmana e depois dos incidentes em França”.

Para além do jornal Cumhurriyet, três outras publicações satíricas turcas publicaram a caricatura do Charlie Hebdo na sua capa.


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