Turquia quer melhorar os direitos das minorias

Devolução de 1.000 peças pertencentes às minorias não-muçulmanas, considerado “o maior acerto da história turca”.

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Turquia quer melhorar os direitos das minorias

O primeiro ministro Ahmet Davutoglu encontrou-se com cerca de 40 líderes de minorias não-muçulmanas a viver na Turquia, e prometeu acabar com a discriminação no país.

“Estou certo de que se aperceberam da mudança nos últimos 12 anos”, disse o primeiro ministro turco.

As minorias não-muçulmanas - como cristãos e judeus – sofreram uma redução durante o processo de “turquificação” que ocorreu durante a era republicana.

Em 1923, foram feitas trocas de população entre a Turquia e a Grécia, e em 1942 foi aplicado um “imposto de riqueza” que só se aplicou às comunidades não muçulmanas. Em 1955, as minorias não-muçulmanas foram atacadas, um incidente conhecido como os “Acontecimentos de 6-7 de Setembro”, que levaram à saída forçada de muitas pessoas da Turquia.

Em 2008, o governo turco implementou reformas que permitiram às minorias comprar e renovar os seus templos religiosos.

Em 2013, o então primeiro ministro Erdogan anunciou o “pacote de democratização”, que possibilitou a devolução de 24 hectares de terra pertencentes a um mosteiro ortodoxo na cidade de Mardin, no Sudeste da Turquia.

Já no ano passado, foram devolvidos mais de $2 mil milhões de dólares de bens confiscados às minorias religiosas turcas.

O primeiro ministro Davutoglu disse que houve páginas negras na história da Turquia e sublinhou que “não devemos tentar apagar a história”.

Davutoglu terminou a sua intervenção dizendo
“está nas nossas mãos construir um belo futuro juntos”.


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