Revista de imprensa turca: 10.10.2017

Aqui ficam alguns dos temas hoje em destaque nos principais jornais da Turquia:

824119
Revista de imprensa turca: 10.10.2017

Star: “Reação de Erdogan aos Estados Unidos: somos um estado de direito”

A Embaixada dos Estados Unidos em Ancara suspendeu os trâmites para a emissão de vistos, depois das autoridades turcas terem detido um funcionário do consulado americano em Istambul, relacionado com a organização terrorista gulenista (FETO). A Turquia já respondeu. O presidente da república, Recep Tayyip Erdogan, respondeu a esta medida dando um passo recíproco e suspendendo também os trâmites para a emissão de vistos turcos, nas missões consulares turcas nos Estados Unidos. Erdogan sublinhou que a decisão dos Estados Unidos em relação aos vistos, entristece a Turquia que respondeu de acordo com o princípio da reciprocidade:

“O mesmo texto que eles publicaram, foi de imediato republicado pela nossa embaixada nos Estados Unidos, de acordo com o princípio da reciprocidade. É assim que está este processo” – afirmou o presidente turco.

 

Sabah: “A operação não resultou”

A Turquia, que acelera o ritmo do seu crescimento económico apesar dos ataques políticos e económicos contra o país, agindo de acordo com os seus interesses nacionais em política externa, está novamente sob a linha de fogo. Apesar dos acontecimentos de Gezi Park em maio de 2 013, da operação de 17 e 25 de dezembro, e da traiçoeira tentativa de golpe de estado de 15 de julho levada a cabo pela FETO, a Turquia continuou a fazer o seu caminho sem fazer concessões. A operação com vista a piorar a situação do país através da reação dos mercados, tentando sitiar a Turquia com a suspensão dos vistos para os Estados Unidos, não resultou. A suspensão da emissão de vistos para os Estados Unidos, bem como a respetiva resposta da Turquia, atiraram para baixo o dólar americano.

 

 

Yeni Safak: “Os fundamentos da economia turca são sólidos”

O vice-primeiro ministro turco Mehmet Simsek, e o ministro da economia Nihat Zeybekci, analisaram nas redes sociais a situação da economia depois da crise dos vistos que se vive com os Estados Unidos. Simsek sublinhou que a Turquia ultrapassou em muito as expetativas ao longo da última década: “A nossa economia provou a sua resistência aos choques. Vamos manter a estabilidade macroeconómica” – afirmou o ministro.

Por seu lado, o seu colega Nihat Zeybekci afirmou que “A nossa economia provou por diversas vezes a sua solidez e a sua grandeza inquebrantável contra as operações especulativas. A Turquia irá dar a ganhar aqueles que tiverem confiança nela”.

 

Vatan: “Três zonas na fronteira entre Idlib e Afrin foram deixadas às forças armadas da Turquia”

As forças armadas da Turquia entraram na região de Idlib, na Síria, depois de atravessarem a fronteira no âmbito das suas operações de reconhecimento. Foi estabelecido um acordo na sequência das reuniões tidas em Idlib, entre o Exército Livre Sírio (ELS) – apoiado pela Turquia – e os outros grupos opositores. Segundo este acordo, os outros grupos da oposição irão abandonar a região e deixar o norte de Idlib sob o comando do ELS, incluindo a zona da fronteira de Afrin controlada pelo PYD – o braço sírio da organização terrorista separatista PKK.

Foram definidas 3 zonas na fronteira entre Idlib, Afrin e a fronteira com a Turquia, onde os soldados do regime sírio estão presentes. Estas zonas passarão a ser controladas pelas forças armadas turcas.

 

Haber Turk: “A Administração Regional Curda do Iraque precisa da Turquia no plano económico”

Matthew Bryza, um membro do Conselho de Administração da Turcas Petrol e ex-embaixador americano em Bacu, fez declarações sobre o referendo ilegal de independência realizado no dia 25 de setembro, pela Administração Regional Curda do Iraque (ARCI).

“Eu penso que a Administração Regional Curda do Iraque deve lembrar-se que depende da Turquia para poder sobreviver no plano económico. A Turquia é a única via que lhe permite trocar os seus recursos energéticos por dinheiro. A Turquia ocupa realmente uma posição forte” – afirmou Bryza – que acrescentou ainda que está confiante que os recursos energéticos de Kirkuk poderão continuar a transitar pela Turquia: “É obrigatório. A questão é saber a que velocidade poderemos chegar a essa situação”.



Notícias relacionadas