A Cúpula do G20

Análise do Prof. Dr. Erdal Tanas KARAGÖL do Departamento de Economia da Faculdade de Ciências Políticas da Universidade de Yildirim Beyazit.

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A Cúpula do G20

A Cúpula do G20 foi realizada em Buenos Aires, Argentina, de 30 de novembro a 1º de dezembro.

Essa plataforma chamada G20 constitui-se em que um grupo de 20 países e reúnem as economias desenvolvidas e em desenvolvimento.  A sua  importância ocorre em termos de tomada de decisões econômicas globais e no aumento da cooperação econômica.

Com 20 membros no total, essa plataforma inclui países desenvolvidos e países em desenvolvimento.

Os países do G20 são EUA, Canadá, França, Inglaterra, Alemanha, Coreia do Sul, Itália, Japão, Austrália, União Europeia, Turquia, Indonésia, Índia, Argentina, Brasil, México, Arábia Saudita, China, Rússia e África do Sul.

Além desses países, algumas importantes organizações internacionais também participam dessa plataforma.

Por exemplo, destacam-se como participantes nesta Cúpula do G20 algumas organizações internacionais como a Organização Mundial do Comércio, o Fundo Monetário Internacional, a Organização Internacional do Trabalho e o Banco Mundial.

Por que a iniciativa do G20 é importante? Os países do G20 têm 85% do valor monetário de bens e serviços produzidos no mundo e 75% do comércio global.

Além disso, dois terços da população mundial vivem nesses países. As decisões do G20 afetam nossas vidas em todos os campos, da economia à vida política e social, da educação à tecnologia.

A história dessa plataforma, fundada em 1999, começou com a crise econômica nos países asiáticos.

Até 2008, apenas os chefes dos bancos centrais e os ministros das Finanças se encontravam na plataforma, mas a partir de 2008 a reunião passou a ser realizada a nível de líderes.

Na iniciativa do G20, não só as maiores economias do mundo, mas também as economias dos países em desenvolvimento têm voz na cúpula.

Assim, a cimeira do G20 dos países em desenvolvimento como a Turquia é muito importante, pois tem a finalidade de ser capaz de fazer ouvir a voz desses países na arena internacional.  

Como em todos os anos, a declaração final foi publicada após esta cimeira.

Uma questão importante tratada nesta declaração foi a Organização Mundial do Comércio que não era mais capaz de funcionar.

A Organização Mundial do Comércio possui o papel de acompanhar a dinâmica do comércio global e é necessário realizar este processo de forma prudente, evitando causar destruição e caos.

A proposta de reforma da Organização Mundial do Comércio foi, de fato, um resultado de guerras comerciais, que foram frequentemente discutidas no passado.

Embora não seja mencionado na cúpula, é um fato indiscutível que os EUA começaram e têm um impacto negativo no crescimento econômico, uma vez que estreitou o comércio global.

A declaração observou que temas como a cooperação futura, a infra-estrutura para o desenvolvimento, a estratégia alimentar sustentável e a igualdade de gênero foram amplamente abordados.

Além disso, chegou-se a um consenso com base no desenvolvimento centrado no homem, inclusivo e voltado para o futuro, justo e sustentável.

As questões como o desenvolvimento da vida profissional, a infraestrutura para o desenvolvimento, um futuro alimentar sustentável e a igualdade de gênero também foram discutidas.

O diálogo social foi enfatizado, a melhoria das condições de trabalho em todos os tipos de condições de emprego e o incentivo ao trabalho decente, a formação profissional e atividades de desenvolvimento de habilidades, bem como o estabelecimento de um futuro inclusivo, justo e sustentável.

Além de se adaptar às mudanças tecnológicas, é bastante notável especialmente para as mulheres e meninas a organização de programas de adaptação de tecnologia.

 Sendo assim; o desenvolvimento de habilidades digitais de mulheres e meninas em STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) e alta tencologia e incentivá-las a aumentar sua participação nos setores de alta tecnologia foi uma das questões importantes mencionadas na cúpula.

Outra questão importante foi que o Acordo Climático de Paris que não teve um consenso, com excessão dos Estados Unidos. Em particular, foi afirmado que todos os recursos energéticos serão utilizados da maneira mais eficiente, protegendo o meio ambiente.

 E finalmente um dos tópicos importantes mencionados foi a questão dos refugiados. A declaração enfatizou que os refugiados são um problema global com relação às consequências humanas, sociais, políticas e econômicas, e a importância de ações conjuntas para responder às crescentes necessidades humanas nesse sentido.

Além disso, decidiu-se realizar a cúpula do G20 do ano de 2019 no Japão e a cúpula do G20 do ano de 2020 na Arábia Saudita.

Esta foi a análise do Prof. Dr. Erdal Tanas KARAGÖL do Departamento de Economia da Faculdade de Ciências Políticas da Universidade de Yildirim Beyazit.



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