Economia Mundial

O Sistema Presidencial e a Economia da Turquia

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A questão de que a mudança de sistema deve ser feita como resultado do trabalho árduo do Sistema Parlamentar tornou-se recentemente um dos temas que mais ocupam a agenda da Turquia. A decisão da Emenda Constitucional aprovada pela Grande Assembleia Nacional da Turquia (TBMM) foi aprovada pelo Presidente Erdoğan para referendo em 16 de abril de 2017.

É óbvio que a mudança de sistema que será feita como resultado do referendo do dia 16 de abril de 2017 afetará diretamente a economia turca. Neste contexto, é útil olhar para as mudanças que o Sistema Presidencial trará para a economia.

A estabilidade política proporcionada pelo governo do Partido AK dominante desde 2002 trouxe estabilidade à economia também. No entanto, a Turquia precisa de uma nova história de sucesso para crescer mais rápido e subir os degraus para se tornar uma das maiores economias do mundo.

Além disso, a necessidade de aprovar as reformas estruturais consideradas como as maiores deficiências, fizeram com que um novo sistema se tornasse obrigatório para a Turquia. Para que essa nova história seja escrita, tanto o mecanismo de tomada de decisão como a administração econômica, precisam ser reformados. O que deve ser feito neste contexto é a eliminação da inconsistência entre a iniciativa múltipla e as instituições na gestão econômica que fazem parte do sistema existente.

No passado, a Turquia, que experimentou governos de coalizão e poderes de partido único, não conseguiu superar a lentidão do seu mecanismo de tomada de decisão. Espera-se que as políticas a serem determinadas juntamente com o novo sistema sejam mais eficazes e produtivas face a esta burocracia pesada. Com o referendo sendo aprovado, expressamos a seguir as principais mudanças que o sistema presidencial representará na economia turca:

- Manter os ganhos alcançados na economia com a estabilidade política alcançada nos últimos 15 anos;

- Sair do grupo de países de renda média em renda per capita;

- Evitar que a Turquia cresça abaixo do seu potencial e assim acelerar o processo de crescimento econômico;

- Alcançar os objetivos de 2023 e outros que a nação estabelecer;

- Remover a inconsistência das instituições na gestão da economia e promover a tomada de decisões rápidas.

Além disso, o Sistema Presidencial irá facilitar os investimentos atrasados ou adiados decorrentes dos obstáculos burocráticos. Não obstante,  o novo sistema assegurará que as incertezas sejam reduzidas tanto quanto possível para que os investidores possam prever os resultados dos investimentos que realizam no mercado.

Com o referendo sendo aprovado, a Turquia já não precisará de organizações como o FMI, graças ao rápido mecanismo de tomada de decisão e à melhoria institucional da economia. Não haverá obstáculos á frente da economia turca, que atingirá sua capacidade de ser auto-suficiente em muitos setores com o novo sistema.

Finalmente, a Turquia, que está em um ponto fundamental devido à sua posição geoestratégica, tornou-se na atualidade um dos países mais importantes da região. É evidente que a Turquia, que é facilmente afetada por fatores externos devido à sua posição, bem como à evolução da política interna, terá muito mais êxito nos processos de tomada de decisões e nas inovações que realizará em muitos domínios.

Nesta perspectiva, a Turquia deve avaliar, em todos os aspectos, a importância do referendo que será realizado no dia 16 de Abril. É apropriado dizer que  mudança do sistema existente transformará o país em  um centro regional nos domínios da economia, indústria,  energia, bem como nos domínios comercial e financeiro, além de projetar o país no cenário internacional.



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