Por que devem unir-se todos os crescentes vermelhos?

O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, propôs que todos os crescentes vermelhos do mundo se unam para curar as feridas da humanidade.

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Por que devem unir-se todos os crescentes vermelhos?

Os líderes de países islâmicos reuniram-se na semana passada em Istambul. Na cimeira, foram tratados os problemas mundiais e o que os países islâmicos farão para resolver estes problemas.

Antes de vermos sobre a cúpula e a mensagem do Presidente Recep Tayyip Erdogan sobre o crescente vermelho, vamos analisar alguns eventos do passado.

A Turquia sofreu um terremoto devastador em 1999. Logo após o terremoto, que atingiu milhões de pessoas, 52 países enviaram ajuda à Turquia. Os crescentes vermelhos e as organizações de ajuda da Cruz Vermelha de 52 países, se mobilizaram para atender a Turquia.

Pessoas vivas foram buscadas sob os escombros com os aparelhos modernos trazidos por estes países. Os feridos foram tratados em hospitais fundados pelas cruzes vermelhas. Unidades de água potável, alimentos e abrigos, foram enviados para as vítimas do terremoto com o apoio desses países.

A Turquia sofreu um trauma. As organizações de ajuda na Turquia criticaram a si mesmas e a mais dura crítica foi direcionada a Fundação do Crescente Vermelho Turco.

Passaram-se 15 anos. O Crescente Vermelho Turco, criticado quando ocorreu o terremoto, mudou completamente. A organização corrigiu suas deficiências, tais como o desenvolvimento de sistemas de comunicação modernos, cozinhas portáteis e unidades de abrigo. Tambem treinou todos os seus times  e estabeleceu equipes profissionais de ajuda humanitária.

A Turquia e o Crescente Vermelho Turco, que receberam a ajuda de 52 países, começaram a ajudar a todos, a partir de 2005. Eles enviaram ajuda humanitária para 102 países entre 2005 e 2015. O Crescente Vermelho Turco curou as feridas tanto na Indonésia, quanto no Paquistão.

Não faltou nenhuma terra da África pela qual o Crescente Vermelho não passou. O Crescente Vermelho turco estendeu sua mão amiga para:  Somália, Chade, Etiópia, Quénia e a República Centro Africana. Bandeiras turcas foram acenadas em Gaza, Bósnia, Iraque e Mianmar.

O Crescente Vermelho turco nunca se importou de ajudar os budistas no Nepal ou os cristãos na Sérvia. Era o aparecimento de um novo Crescente Vermelho Turco estendendo sua mão amiga as vítimas nos quatro cantos do mundo.

O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, propôs aos líderes dos países islâmicos que fosse fundada a União do Crescente Vermelho. Esta é uma proposta que visava facilitar a entrega de ajuda a mais pessoas.

 As organizações de ajuda implementarão atividades sob o nome e o emblema da Cruz Vermelha especialmente nos países cristãos e do Crescente Vermelho nos países islâmicos. Embora esses nomes e emblemas não tenham sido determinados levando-se em conta uma associação religiosa, o conceito é o oposto. As organizações de ajuda com o emblema da "Cruz Vermelha", asseguram-se de que uma crença e a ajuda humanitária, identifiquem-se uns aos outros em memória de uma vítima. Em regiões de desastre se observa a presença de mais organizações de ajuda com o emblema da Cruz Vermelha, segundo o nível de países em desenvolvimento. Mas a maior parte das 192 fundações da Cruz/Crescente Vermelho, usam o nome e emblema do Crescente vermelho.

Agora, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, propôs que todas as organizações de ajuda, usando esse emblema, operem em conjunto. As fundações do Crescente Vermelho de alguns países islâmicos, têm oportunidades significativas como por exemplo, o Crescente Vermelho do Qatar e o Crescente Vermelho da Arábia Saudita. E algumas têm recursos humanos altamente qualificados como por exemplo, o Crescente Vermelho Palestino.

O Crescente Vermelho Turco é uma das fundações mais importantes de ajuda tanto com relação a recursos financeiros, como com relação a qualificação da equipe. Se todos esses elementos forem unidos, é inimaginável o alcance das operações de ajuda humanitária. Assim, esta proposta é muito importante. Quando as oportunidades financeiras dos países ricos se juntarem aos recursos humanos dos países desenvolvidos,  muito mais pessoas poderão ser alcançadas.

A cada ano, 60 milhões de pessoas em todo o mundo são forçadas a abandonar suas terras por conflitos. E a cada ano, em média 200 milhões de pessoas são afetadas por catástrofes. O problema da fome continua a ser o maior problema destas centenas de milhões de pessoas. Um novo paradigma é necessário para curar todas estas feridas. É muito óbvio que o novo paradigma da ajuda humanitária é agir em conjunto. Mas o novo paradigma não está isolado do viés político.

A nova proposta significa isto. O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, vem apresentando a mudança de paradigma para a restruturação das Nações Unidas por um longo tempo. Ele deve expandir o conceito de que as feridas do mundo não podem ser curadas com o sistema de ajuda atual das Nações Unidas, criticada com o slogan "o mundo é maior do que cinco".

Esperamos que o sinal de foguete, lançado na Cimeira dos Países islâmicos, ilumine o caminho da ajuda humanitária.



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