Protestos no Paquistão por alegações de manipulação nos resultados das eleições

Os partidos políticos do Paquistão bloquearam estradas em protesto contra os resultados eleitorais.

Na província do Baluchistão, o Movimento para a Justiça do Paquistão (PTI), o partido do antigo Primeiro-Ministro Imran Khan, que se encontra preso, e vários partidos políticos bloquearam os transportes nas auto-estradas, alegando que as eleições de 8 de fevereiro foram manipuladas. 

De acordo com os meios de comunicação social nacionais, um grande número de manifestantes bloqueou o tráfego rodoviário em vários pontos da província e organizou uma concentração em frente à casa de um alto responsável na cidade de Kuetta. 

O Ministro da Informação e das Relações Públicas da província do Baluchistão, Junaid Azakzai, apelou aos manifestantes para que aceitassem os resultados das eleições e pusessem termo aos protestos. 

Embora o PTI tenha emergido como o primeiro partido nas eleições, alega que os seus votos foram desviados e transferidos para candidatos de partidos rivais em muitos círculos eleitorais. Outros partidos políticos também alegam que os seus votos foram desviados. 

O PTI, o partido Jamaat-e-Islami e o partido Jamaat Ulema-e-Islami (JUI-F) organizaram ontem protestos nas províncias de Punjab e Sindh por razões semelhantes. A polícia deteve alguns manifestantes durante os incidentes. 
A Comissão Eleitoral do Paquistão anunciou ontem os resultados das eleições para a Assembleia Nacional e para as assembleias provinciais realizadas a 8 de fevereiro. 

Nas eleições para a Assembleia Nacional, os deputados independentes apoiados pelo PTI, o partido do antigo Primeiro-Ministro Imran Khan, ficaram em primeiro lugar, enquanto a Liga Muçulmana do Paquistão (LPMP-N), liderada pelo antigo Primeiro-Ministro Nawaz Sharif, ficou em segundo lugar.