Biden: "Não havia saída do Afeganistão sem o caos"

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que não havia como sair do Afeganistão "sem o caos" e que esse processo não poderia ser melhor administrado.

Biden, que fez uma declaração ao canal americano ABC enfatizando que sua decisão de deixar o Afeganistão foi a correta e que apóia sua decisão e expõe os motivos de sua decisão.

Biden, quando questionado: Você não acha que o processo de saída do Afeganistão poderia ser mais bem administrado? Ele respondeu:

"Não me parece. Esse processo poderia ter sido administrado de forma que o caos não ocorresse, existe a ideia de que existe uma forma de evitá-lo, mas não sei como."

O presidente dos Estados Unidos, Biden, disse que não tem certeza do que o Taleban faria para permitir que os americanos deixassem o país e acrescentou: “Então, o que eles estão fazendo agora, colaborando? Eles permitem que os cidadãos americanos saiam do país."

Questionado sobre sua opinião sobre as imagens de caos que surgiram no Aeroporto Internacional Hamid Karzai em Cabul, Biden disse: “Achei que deveríamos assumir o controle e agir muito rápido. E assim fizemos”.

Biden dá crédito ao ex-presidente Ashraf Ghani, que deixou o Afeganistão, e às forças de segurança afegãs que não fizeram defesa contra o Talibã e disse que foi uma decisão muito correta eles deixarem o país exatamente por essas razões.

“Eu poderia ter tomado uma decisão simples. Se ele tivesse dito que ficaríamos, teríamos que nos preparar para enviar muitos mais soldados para lá”, disse Biden, afirmando que suas decisões evitaram que muitos soldados americanos morressem no Afeganistão.

Biden, quando questionado sobre o que faria se o processo de evacuação de todos os americanos que desejam deixar o Afeganistão fosse adiado depois de 31 de agosto, respondeu que, se necessário, algumas tropas americanas ficariam até que todos os americanos fossem evacuados.

O Talibã que sitiou a capital Cabul no domingo assumiu o controle da cidade sem conflito depois que o presidente Ashraf Ghani deixou o país e as forças do governo deixaram a capital.