Mianmar: Aung San Suu Kyi acusada de suborno
De acordo com o órgão de imprensa do exército de Mianmar, o canal MRTV, Suu Kyi foi acusada de aceitar um suborno de 550 000 dólares de uma gestora de uma empresa de construção em 2018.
A ex-ministra das Relações Exteriores e líder de fato do país, Aung San Suu Kyi, que foi presa no âmbito do golpe militar em Mianmar, foi acusada de suborno pelo tribunal militar que ordenou a sua detenção.
De acordo com a notícia emitida pela rede do exército de Mianmar, o canal MRTV, durante a audiência de hoje, Aung San Suu Kyi foi acusada de receber um suborno de 550 000 dólares de uma gestora de uma empresa de construção em 2018.
Maung Weik, a diretora da construtora, participa na audiência como testemunha e disse que Suu Kyi lhe pediu dinheiro para que os seus projetos fossem aprovados sem problemas.
À ex-ministra das Relações Exteriores e líder de fato do país, não foi permitido reuni-ser com os seus advogados para se defender.
Suu Kyi está detida desde 1 de fevereiro. Em audiências anteriores, ela foi acusada de violar as leis de importação e exportação do país, desobediência à lei da administração nacional de desastres e peculato.
O porta-voz do Exército de Mianmar, o general de brigada Zaw Min Tun, na sua declaração de 11 de março, alegou que Suu Kyi aceitou um suborno de 600 000 mil dólares quando ocupava o poder.
Os militares de Mianmar assumiram o governo a 1 de fevereiro, após alegações de fraude nas eleições de 8 de novembro de 2020 e na sequência do aumento da tensão política no país.
O exército deteve muitos responsáveis políticos e líderes do partido no poder, começando por Aung San Suu Kyi, a líder de fato do país e ministra das Relações Exteriores. Os militares decretaram também o estado de emergência por um ano.