"Os países aliados da OTAN decidirão se permanecem ou não no Afeganistão"

O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, na conferência de imprensa após reunião com o primeiro-ministro belga, Alexander De Croo, respondeu à pergunta sobre a retirada do Afeganistão.

Stoltenberg disse que esta é uma decisão difícil para os aliados da OTAN tomarem: "Qualquer que seja a decisão, ela terá dificuldades e custos."

Stoltenberg apontou que se for decidido deixar o Afeganistão, o processo de paz pode cair em risco, os ganhos obtidos na luta contra o terrorismo podem ser perdidos e o Afeganistão corre o risco de se tornar uma zona segura para o terrorismo internacional novamente.

Eles podem aumentar os contra-ataques contra soldados da OTAN que mantêm operações militares no Afeganistão se permanecerem lá, observou, acrescentando: “Esta é a minha mensagem aos aliados da OTAN: deve ser nossa, seja qual for a nossa decisão. Fomos juntos ao Afeganistão e devemos ajustar nossa presença lá. Devemos partir no momento exato. Desejo passar esta mensagem ao Talibã, esta organização deve cumprir suas promessas de cortar seus contatos com terroristas internacionais, incluindo a Al Qaeda. A violência deve ser reduzida. Vemos que a violência contra civis e repórteres continua. No final, devemos decidir juntos. Este será um dos principais tópicos da agenda da Reunião dos Ministros da Defesa da OTAN este mês ”.

A ex-administração estadunidense de Donald Trump chegou a um acordo em 29 de fevereiro de 2020 com o Talibã e, a partir de 15 de janeiro de 2021, os Estados Unidos decidiram reduzir o número de seus soldados no Afeganistão para 2.500.

O novo governo Biden declarou que observará novamente o acordo de paz.