Incêndio em campo de refugiados na Grécia: Estamos enfrentando uma crise humanitária sem precedentes
Após uma reunião extraordinária entre o primeiro-ministro Mitsotakis e ministros, um estado de sítio de quatro meses foi declarado a partir desta quarta-feira
O vice-ministro grego para as políticas de migração, Georgios Kumutsakos, apareceu perante jornalistas após o incêndio que eclodiu no campo de refugiados de Moria, na ilha de Midilli (Lesbos).
Na conferência de imprensa em Atenas, o vice-ministro disse que os 3.500 dos 12.500 refugiados no campo ficarão em tendas, o resto continuará a viver no centro.
“Milhares de refugiados que fugiram do fogo se aglomeraram ao redor do campo destruído pelas chamas. Estamos enfrentando uma crise humanitária sem precedentes. Os dramáticos acontecimentos em Moria provocaram um grande incêndio. O centro entrou em colapso. Em suma, milhares de pessoas ficaram desabrigadas. A combinação de migração e pandemia criou uma situação muito difícil. Diante das novas condições, todas as medidas estão sendo avaliadas. 408 menores desacompanhados serão transferidos para o continente. Vamos encontrar um lugar abrigado para todos os grupos indefesos ”, informou Kumutsakos, que anunciou que nenhuma morte foi registrada até agora.
O incêndio começou às 02:00 horas em vários pontos do acampamento após os incidentes que eclodiram após as medidas de confinamento tomadas contra a pandemia do coronavírus que provocou a reação dos refugiados.
O campo de Moria foi colocado em quarentena por causa dos 35 casos detectados.
Após uma reunião extraordinária entre o primeiro-ministro Mitsotakis e ministros, um estado de sítio de quatro meses foi declarado na quarta-feira.
A polícia de choque montou barricadas ao redor do campo para evitar que os refugiados se mudassem para o centro da cidade.
Organizações internacionais de ajuda humanitária afirmam que o campo está muito lotado de pessoas em condições não humanitárias e que é impossível garantir condições de distância social e higiene.
