Rússia defende lei de segurança chinesa em Hong Kong
A controversa Lei de Segurança Nacional foi aprovada na terça-feira pelo Congresso Nacional Popular da China e depois assinada pelo presidente Xi Jinping
AA - A Rússia defendeu na quinta-feira a Lei de Segurança Nacional da China em Hong Kong, criticando a "interferência externa".
Em uma videoconferência em Moscou, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, chamou a situação em Hong Kong de "um assunto puramente interno" para a China.
"Se todos nós respeitamos a soberania e a integridade territorial da República Popular da China, e acho que não há dúvida sobre isso, devemos considerar a situação em Hong Kong como uma questão puramente interna da China. Isso também implica nossa posição russa: estamos categoricamente contra interferência externa nas relações entre o governo central e uma das regiões do país ", afirmou Zakharova.
Na terça-feira, uma nova lei de segurança nacional foi aprovada por unanimidade pelo Congresso Nacional Popular da China e depois assinada pelo presidente Xi Jinping.
A lei, que criminaliza minar a autoridade de Pequim em Hong Kong, surgiu após meses de protestos no ano passado no território semi-autônomo.
Hong Kong, uma região administrativa especial da China, testemunhou grandes protestos no ano passado contra uma medida para legalizar a extradição de pessoas acusadas para a China continental.
A nova lei, que compreende seis capítulos e 66 artigos, penaliza quatro tipos de atos: secessão, subversão do poder do Estado, atividades terroristas e conluio com forças estrangeiras ou externas para pôr em risco a segurança nacional.
A nova legislação recebeu críticas duras na Europa. Na manhã de quarta-feira, mais de 300 ativistas de Hong Kong foram presos por protestar contra a nova lei e por levantar bandeiras e faixas em favor da independência.
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