Papa Francisco pediu soluções imediatas para facilitar a chegada de ajuda humanitária à Venezuela

O sumo pontífice pediu que as sanções internacionais fossem levantadas e que a dívida externa de muitos países fosse perdoada.

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Papa Francisco pediu soluções imediatas para facilitar a chegada de ajuda humanitária à Venezuela

AA - O Papa Francisco pediu "soluções práticas e imediatas" para facilitar a chegada de ajuda internacional à Venezuela, para servir "a população que sofre por causa da grave situação política, socioeconómica e de saúde".

O apelo foi feito pelo sumo pontífice durante a missa de domingo de Páscoa e a benção Urbi et Orbi, no Vaticano, no último dia de uma celebração católica incomum da Semana Santa. Esta foi a primeira vez na história que as celebrações foram realizadas sem os fiéis por todo o mundo, devido à pandemia de COVID-19.

O Papa Francisco também pediu suspensão das sanções internacionais impostas contra países como Venezuela ou Cuba, por exemplo, e apelou à redução ou perdão total da "dívida que pesa nos orçamentos dos mais pobres".

"Relaxem as sanções internacionais sobre os países afetados, que os impedem de oferecer assistência adequada aos seu próprios cidadãos" – disse o Papa

Falando depois sobre os conflitos militares no mundo, o Papa Francisco referiu-se às situações na Síria, no Iémen e à tensão no Líbano. O conflito palestino-israelita também não foi esquecido, tendo o Papa pedido que o diálogo fosse retomado.

Francisco fez também referência às crises humanitárias sofridas por milhares de migrantes em diferentes regiões do mundo, bem como à situação das pessoas que enfrentam difíceis condições humanitárias em todo o planeta.

“(Que Jesus) conforte o coração de tantos refugiados e pessoas deslocadas devido a guerras, secas e fomes. Que protege os numerosos migrantes e refugiados - muitos deles crianças - que vivem em condições insuportáveis, especialmente na Líbia e na fronteira entre a Grécia e a Turquia ”, afirmou.

Esta mensagem de forte conteúdo político, chega num momento em que todo o mundo tenta conter as infecções e o número de mortes causadas pelo coronavírus, que já fez mais de 110 000 mortos e infectou 2 milhões de pessoas, segundo os dados da Universidade Johns Hopkins nos Estados Unidos.

O Papa terminou a sua intervenção dizendo

"Vamos garantir que não faltem bens essenciais, que são mais difíceis de obter agora quando muitas empresas estão fechadas, além de remédios".



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