Grupo Lima pede à ONU que investigue a violação dos direitos humanos na Venezuela
Grupo Lima também está disposto a adotar novas sanções econômicas e políticas contra o governo venezuelano.
Os ministros das Relações Exteriores dos países que compõem o Grupo Lima (Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, Panamá, Paraguai, Peru e Venezuela) se reuniram segunda-feira em Nova Iorque, Estados Unidos, para discutir questões relacionadas à crise econômica, política e social que a Venezuela está vivendo e as medidas que serão tomadas para contê-la.
Nesse sentido, o Grupo Lima publicou uma declaração na qual instou o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU) a estabelecer um mecanismo para monitorar e investigar a violação dos direitos humanos na Venezuela, documentado no último relatório da o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos.
Por sua vez, ele rejeitou a candidatura do governo de Nicolás Maduro ao referido Conselho, "por ser absolutamente contrária à tarefa de proteção e defesa dos direitos humanos que cabe a esse órgão intergovernamental".
O Grupo Lima também reiterou "sua profunda" preocupação com a seriedade da crise humanitária na Venezuela e o tamanho do êxodo traduzido em mais de 4,3 milhões de venezuelanos que deixaram seu país, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).
Nesse sentido, o Grupo Lima enfatizou a necessidade de aumentar o apoio internacional, especialmente o financeiro, para ajudar a migração e os países anfitriões da Venezuela.
A instância multilateral estabelecida após a chamada Declaração de Lima, em 8 de agosto de 2017 na capital homônima, também solicitou que, de acordo com os sistemas jurídicos nacionais aplicáveis, a investigação, captura e sanção de funcionários e tesoureiros da "O regime ilegítimo de Maduro envolvido em atividades de apoio a grupos armados e organizações terroristas".
Por fim, o Grupo Lima expressou sua disposição de adotar novas sanções econômicas e políticas contra o governo venezuelano e rejeitou que o Chavismo tivesse supostos vínculos com grupos armados colombianos fora da lei.
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Vista geral da XI Reunião de Ministros das Relações Exteriores do Grupo Lima em Bogotá, Colômbia. (Juan David Moreno - Agência Anadolu)
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