UE considera o levantamento da imunidade de Guaidó uma "violação constitucional"

"Esses atos minam uma solução política para a crise e apenas levam a uma maior polarização", disse Federica Mogherini.

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UE considera o levantamento da imunidade de Guaidó uma "violação constitucional"

A Alta Representante para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança da União Europeia, Federica Mogherini, anunciou que é inaceitável a retirada da imunidade parlamentar do autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, Presidente da Assembleia Nacional.

Mogherini, em sua declaração por escrito feita em nome dos membros da União Europeia, alegando que o levantamento da imunidade de Guaidó é uma violação constitucional, disse que UE rejeita a decisão de levantar a imunidade de Guaidó.

"Esses atos minam a saída política da crise e apenas levam a uma maior polarização", disse Mogherini.

A chefe da diplomacia europeia pediu que os direitos e a imunidade dos membros da Assembleia Nacional sejam respeitados, e indicou que a união segue de perto a situação na Venezuela e está disposta a tomar as medidas necessárias.

A Assembleia Constituinte da Venezuela, único órgão legislativo do país, reuniu-se sob a presidência de Diosdado Cabello para discutir a petição apresentada pelo presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Maikel Moreno.

Foi ratificada com o apoio de todos os parlamentares a moção para iniciar o procedimento legal para revogar a imunidade a Guaidó por "ter viajado para o exterior apesar da restrição de deixar o país".

Guaidó, que se proclamou presidente da Venezuela depois de prestar juramento em um comício em Caracas em 23 de janeiro, foi à Colômbia um dia antes da tentativa de introduzir equipes de "ajuda humanitária" dos EUA na Venezuela em 23 de fevereiro.

Juan Guaidó disse que ele foi para o país vizinho com o apoio do exército venezuelano. De fato, a possibilidade de que ele pudesse ter cruzado o caminho controlado por grupos armados ilegais colombianos está sendo considerada.

Depois de visitar o Brasil, Paraguai, Argentina e Equador, Guiadó retornou à Venezuela sem nenhum problema em 4 de março.



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