NATO: Rússia deve libertar os marinheiros e navios ucranianos
“Não há justificação para o uso de força contra as embarcações ucranianas e os seus tripulantes” – afirmou Jens Stoltenberg, o secretário geral da NATO.
O secretário geral da NATO, Jens Stoltenberg, pediu à Rússia para libertar os marinheiros e navios ucranianos, detidos após uma confrontação naval este domingo.
"Todos os aliados da NATO expressaram total apoio à integridade e soberania territorial da Ucrânia", acrescentou. "Não há justificação para o uso de força militar contra os navios ucranianos e contra os marinheiros, por isso pedimos à Rússia que liberte imediatamente os marinheiros e os navios ucranianos apreendidos" – afirmou Stoltenberg durante uma conferência de imprensa, depois da reunião de emergência entre a NATO e a Ucrânia que teve lugar em Bruxelas, na Bélgica, esta segunda feira.
A Rússia capturou este domingo 3 embarcações ucranianas no mar de Azov, ao largo da Península da Crimeia. Segundo as autoridades russas, estas embarcações ignoraram os avisos para pararem, o que deu origem a uma reação militar.
A intervenção militar russa aconteceu quando os navios ucranianos regressavam ao porto de Odessa, vindos de Mariopol.
Stoltenberg lembrou as sanções económicas impostas pelo Ocidente à Rússia por causa da anexação em 2014 da península da Crimeia à Ucrânia e o apoio aos rebeldes separatistas no leste da Ucrânia. "Estamos a acompanhar e a monitorizar a situação de perto e estamos constantemente a avaliar o que mais podemos fazer porque a Rússia precisa de entender que as ações têm consequências."
O dirigente da NATO disse também que a Rússia também deve permitir que todas as embarcações comerciais tenham acesso total aos portos ucranianos.
"Isto está a provocar uma escalada do conflito na região e confirma um padrão de comportamento que temos visto há vários anos", acrescentou.
A Ucrânia acusou a Rússia de agressão militar e colocou as forças armadas em alerta total de combate na sequência de as forças navais russas terem disparado contra os três navios ucranianos e detido 24 tripulantes no estreito de Kerch, que liga o mar Negro ao mar de Azov.
Kiev pediu aos aliados ocidentais para reforçarem as sanções contra Moscovo.
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