Pelo menos 700 crianças separadas ainda sob custódia dos EUA

O governo Trump disse na quinta-feira que mais de 1.800 crianças separadas na fronteira EUA-México foram reunidas com pais e tutores, mas centenas continuam separadas, sinalizando uma espera potencialmente longa.

Um juiz federal na Califórnia ordenou que todas as famílias de imigrantes elegíveis fossem reintegradas até as 18h (22h, horário de Brasília) e autoridades disseram em um processo judicial que 1.442 crianças de cinco anos ou mais foram reunidas com seus pais.

"O plano de reunificação delineado ao tribunal ... está em andamento, e espera-se que resulte na reunificação de todos os membros da classe considerados elegíveis para a reunificação neste momento até o prazo de 26 de julho de 2018 da corte", disse o governo.

Outras 378 crianças já haviam sido libertadas sob outras "circunstâncias apropriadas", acrescentou o documento, mas mais de 700 crianças permanecem sob custódia.

O governo disse que o prazo não foi cumprido, porque essas famílias não eram elegíveis, porque os laços familiares não foram confirmados, ou o pai tem antecedentes criminais, uma doença transmissível ou não puderam ser encontrados.

As polêmicas separações começaram em maio, quando os imigrantes que entravam ilegalmente foram detidos em massa e seus filhos levados para centros de detenção e abrigos.

A União Americana das Liberdades Civis, que instaurou o processo para reunir as famílias, disse na quinta-feira que o governo estava manipulando os números para dar uma falsa impressão de sucesso.

"Esses pais e filhos perderam um tempo valioso juntos que nunca podem ser substituídos. Estamos entusiasmados com as famílias que finalmente se reencontram, mas muitas outras continuam separadas", disse Lee Gelernt, vice-diretor do Projeto de Direitos dos Imigrantes da ACLU.

Fonte: TRTWorld e agências