Apelo ao governo de Myanmar para a libertação dos jornalistas

A agência noticiosa inglesa Reuters apelou ao governo de Myanmar para que liberte dois jornalistas por terem violado a lei sobre “segredos de estado” e por não trazerem consigo documentos oficiais.

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Apelo ao governo de Myanmar para a libertação dos jornalistas

Stephen Adler, o editor principal e diretor da Reuters, disse que “os correspondentes da Reuters Wa Lone y Kyaw Soe Oo que estavam em Myanmar estavam a cobrir acontecimentos com importância global. Foram detidos por questões relacionadas com o seu trabalho”.

Adler manifestou também a sua preocupação por este flagrante atentado contra a imprensa livre e acrescentou que “apelamos ao governo de Myanmar para que liberte estes jornalistas”.

O Ministério da Informação de Myanmar divulgou fotos dos jornalistas com as mãos atadas atrás das costas. Esta questão está a ser seguida de perto pela Embaixada dos Estados Unidos em Myanmar, que já fez saber que está muito preocupada pela detenção dos responsáveis da Reuters.

Para além destes dois jornalistas, foram também detidos outros dois que realizavam trabalho para o canal turco TRT World, no dia 27 de outubro. As autoridades de Myanmar detiveram-nos por fazer filmagens com o um drone nas proximidades do edifício do parlamento de Myanmar.  Lau Hon Meng e Mok Choy Lin, bem como o seu condutor local e outro jornalista birmanês foram detidos, e compareceram em tribunal na capital Naipyidó. Os jornalistas que trabalhavam para a TRT foram condenados a 2 meses de prisão por posse de armas de fogo não registadas. Mas ainda pendem sobre estes dois jornalistas mais acusações, que caso sejam confirmadas pelo tribunal, poderão fazer com que estes dois jornalistas fiquem anos na prisão.

O governo de Myanmar tem aumentado a pressão contra a imprensa livre em todas as questões que envolvam o exército.



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