Guterres defende o reconhecimento do genocídio em Srebrenica

O Secretário-Geral das Nações Unidas: "Devemos olhar honestamente para o passado"

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Guterres defende o reconhecimento do genocídio em Srebrenica

O Secretário-Geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, disse que tem que olhar com honestidade para o passado na sua mensagem de comemoração em respeito ao massacre de Srebrenica cometido pelo exército sérvio na Guerra da Bósnia há 22 anos.

Guterres lembrou que passaram-se 22 anos do genocídio em Srebrenica, a maior atrocidade em território europeu desde a fundação da ONU.

Ele observou que este ano "fecharam-se as portas do Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia (TPII), estabelecido pela ONU para julgar os responsáveis pelas graves violações do Direito Humanitário no território da ex-Iugoslávia."

"Neste dia, recordamos e honramos os milhares de homens e meninos que foram massacrados, e expressamos nossa solidariedade com as famílias e amigos daqueles cujas vidas foram arrebatadas. Os terríveis acontecimentos que ocorreram em julho de 1995 em Srebrenica são verdades históricas e foram compreensivamente certificados. O TPII e a Corte Internacional de Justiça, ambos os dois tomaram a decisão de que as ações cometidas em Srebrenica foram um massacre. O TPII fixou a responsabilidade penal imposta por diferentes pessoas pelo massacre de Srebrenica e lhes condenou por isso. Para ajudar a evitar tais atrocidades no futuro, temos de olhar honestamente para o passado e reconhecer que esses crimes ocorreram, bem como o nosso papel em permitir que aconteçam ", disse ele.

Neste sentido, ressaltou que "a comunidade internacional e a ONU, em particular, aceitaram a sua parte de responsabilidade pela tragédia de Srebrenica e trabalharam duro para aprender as lições de suas falhas."

"A ONU está totalmente empenhada em apoiar os esforços no sentido da não-repetição e reconciliação para alcançar a paz sustentável, dignidade e justiça para todos" garantiu.

 



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